02/11/10

Paulo Portas diz que este é o orçamento do desespero.


O Presidente do CDS-PP, Paulo Portas, focou o seu discurso, esta terça-feira durante o debate na generalidade do Orçamento do Estado no ataque à proposta do Governo e nas críticas ao PSD por causa do acordo que fez para viabilizar as contas do Estado.

Paulo Portas acusou mesmo o Primeiro-ministro de não falar da taxa de desemprego prevista para 2011, nem de falar do crescimento económico previsto para o próximo ano.

Portas questionou ainda José Sócrates sobre o TGV referindo que, "o acordo PS/ PSD diz que serão reanalisadas as grandes obras, não iniciadas ou em fase inicial. A minha pergunta é clara: o troço Poceirão/Caia, que já está feita a adjudicação, já existe concessionário e estão feitas expropriações, pára ou continua?".

"Se pára, e o senhor está disposto a emendar a mão, tem que explicar à câmara o volume das indemnizações que vai pagar, se não pára, então o que está escrito no acordo é um embuste", afirmou Paulo Portas.

Paulo Portas acusou ainda o primeiro-ministro de "ter abdicado de ter política económica" e ter feito um orçamento "em desespero".

Após a ser confrontado por José Sócrates com a aquisição de dois submarinos, Portas acusou Sócrates de ter "amnésia selectiva", já que fazia parte de um governo que abriu o concurso de aquisição de quatro submarinos, em 1998. E provou que já tinha feito as contas dos custos: "Os submarinos só no BPN são dez, é a frota da Itália, no TGV são 15 é a frota da Alemanha, e sabe quantos são nas parcerias público-privadas? São 100 é a frota dos Estados Unidos tanto do lado do Atlântico como do lado do Pacífico. Tenha vergonha", criticou".

Ao PSD, o líder do CDS também deixou uma crítica, questionando o argumento de que o partido "deu a mão ao país" ao comprometer-se em viabilizar o Orçamento do Estado. "Escapa-nos a lógica de viabilizar um Orçamento que atirando Portugal para uma recessão, criando mais desemprego e permitindo que este primeiro-ministro, que ameaçou demitir-se, ficar tranquilamente no seu cargo e continuar a prejudicar Portugal", apontou Paulo Portas.

Fonte:CDS/PP

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