28/10/10

A intervenção do CDS no P.A.O.D. de hoje.

Vai fazer dentro de poucos dias um ano que todos nós tomámos posse, por isso está na hora de fazermos um balanço.

Não vamos aqui e agora apontar para alguns episódios, que sendo graves e pese o facto de não os esquecermos, não adiantam muito para a actual discussão.

Vamos centrar-nos nas questões de natureza de política económico-financeira, para as quais, desde a primeira hora temos alertado.

As dificuldades financeiras deste município são há muito conhecidas e os avisos para o que aí vinha também não faltaram, sendo que se tem vindo a tornar mais evidentes para alguns após a crise financeira de 2008.

Não nos ouviram, ou fingiram que não ouviram e por isso tiveram que haver cortes orçamentais. Tinha sido mais precavido, faze-los atempadamente, é que essa atitude tinha sido mais racional e os resultados mais produtivos.

Este executivo, à semelhança do que fez o Governo, dentro da linha de irresponsabilidade a que o P.S. nos tem vindo a habituar, com particular incidência desde os tempos de António Guterres, continuou a ignorar tudo isto.

Foram obras megalómanas e foram obras mal projectadas, mal planeadas, mal executadas e mal fiscalizadas.

Este executivo municipal tem andado, à semelhança do que faz o Governo, a viver acima das suas possibilidades e a hipotecar o futuro do concelho.

Os nossos netos e quem sabe os nossos bisnetos, ainda virão a liquidar estas loucuras.

Não nos temos cansado de ver assinaturas de protocolos, alguns até antes de virem à Assembleia Municipal para serem rectificados, mas pergunta-se, qual o resultado?

Os agentes económicos (as empresas e comerciantes) não o sentem, bem pelo contrário, nem sequer dão pelo trabalho da Câmara nessa área.

Vamos nesta sessão, discutir taxas e impostos, será tudo pelo máximo como se verá mais à frente, nem podia ser de outra forma.

Esta é um Município onde não há uma estratégia, onde não há um caminho ou um rumo traçado para o desenvolvimento económico.

Aliás! Ficou claro na última vez que aqui estivemos, quando nem interessados ficaram, PS e PSD, em estudar a questão do Comércio Local. Um projecto, como nunca antes tinha sido feito e que foi entregue de bandeja.

Dizem que tem feito muito no apoio social.

Acreditamos que sim! Embora se levantem algumas questões.

Diz-se isto e a quilo, mas pergunto:

Que melhor acção social há, que manter os actuais postos trabalho e criar mais alguns?

Para haver uma politica social, é imperioso, como parece que agora estar à vista de todos, que haja uma economia forte, dinâmica e produtiva.

Sem ela, não há nada para ninguém!

Não pode estar descansada a Sr.ª Presidente.

Embora possa ganhar eleições atrás de eleições e faça aparentar que vivemos bem, gastando o dinheiro que não temos, tal como um pobre que compra um Ferrari, mais cedo ou mais tarde os resultados virão ao de cima. Esta Presidente vai ficar marcada, caso não mude politica e de politicas, de forma muito negativa na história deste Concelho.

Digo isto com alguma mágoa.

Se há uns que são responsáveis e a quem isto nada lhes custa; a esta Presidente, porque sei que se esforça e que tem orgulho naquilo que faz e evidentemente, se a conheço minimamente, isto irá pesar-lhe até aos últimos dias de vida.

Está na hora de deixarmos para segundo plano interesses partidários e corporativos, enfim, partidarites, os tempos não estão para isso.

Temos que colocar acima de tudo, os interesses de Odivelas e dos Odivelenses.

Este Concelho não pode ser gerido por impulsos e/ou por reacção aos condicionalismos. Tal como disse o Professor Medina Carreira ontem: temos que saber ouvir e saber prever o futuro, não o imediato, mas a mais de 3 meses.

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