26/10/10

CDS quer revogar corte no 4º escalão do abono de família.

O CDS-PP anunciou esta segunda-feira que vai pedir a revogação do diploma que extingue a atribuição de abono de família para os agregados do 4º e 5º escalão do IRS.

"Bastava o Governo dar um pouco menos às empresas públicas e já era possível dar um pouco mais a quem precisa, porque recebe muito pouco"

Segundo Pedro Mota Soares, os centristas aceitam manter a eliminação desta prestação às famílias do 5º escalão, com rendimentos acima dos 1.050 euros, mas rejeitam a mesma medida no 4º escalão, onde estão as famílias com rendimentos acima dos 629 euros.

Retirar o abono de família a pessoas que recebem 629 euros por mês é algo que demonstra uma política anti-social, anti-família e anti-natalidade. Para o CDS é fundamental que, quem tem filhos em idade escolar e recebe pouco, possa ter um complemento por parte do Estado, que o é o abono de família", contrapôs Pedro Mota Soares.

"Bastava o Governo dar um pouco menos às empresas públicas e já era possível dar um pouco mais a quem precisa, porque recebe muito pouco", frisou Pedro Mota Soares.

A ser aprovada, esta revogação terá um impacto orçamental de "um pouco mais de 100 milhões de euros", que o CDS acredita ser possível atenuar se o Governo "se disciplinasse mais nas transferências para as empresas públicas".

Além deste pedido de revogação, o CDS vai também apresentar uma alteração ao Orçamento do Estado 2011 para que não seja extinto o 13º abono que era pago às famílias com rendimentos abaixo do salário mínimo nacional, uma medida implementada pelo ex-ministro das Finanças, Bagão Félix.

Mota Soares criticou ainda "quem muitas vezes enche a boca com Estado social" e depois toma medidas deste género. A política do governo é "anti-social e anti-família", concluiu o líder parlamentar do CDS.

1 comentário:

Maria Máxima Vaz disse...

É claro como água! Quem não estará de acordo com esta proposta? Vergonha é ter de ser apresentada. Um governo socialista nunca deveria ter dado ocasião a que ela se justificasse.
Tirar a essas empresas é que o governo nem pensou.
E aos seus gestores então, ainda menos! Seria onde primeiro deveria tirar, se fosse um governo socialista. Mas é apenas, dito socialista.