22/06/11

O oportunismo do P.S. Odivelas


 
Em 17 de Julho de 2009, pouco tempo antes das eleições autárquicas, Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes, com intuitos meramente eleitoralistas e tentando beneficiar os candidatos do PS às Câmaras da Amadora, Odivelas e Loures anunciou com ecos na imprensa a expansão da linha do metropolitano à Amadora e a Loures, com a colocação de mais duas estações em Odivelas.

Desde essa altura até ao passado dia 5 de Junho (data das Legislativas) passaram-se dois anos e durante esse tempo nunca mais se ouviu de ambas as partes uma única palavra sobre o assunto.

Há cerca de duas semanas, o Presidente do Metro de Lisboa, não sei com que intenção, mas provavelmente para se distanciar de mais uma farsa da era de José Sócrates, veio a público afirmar que os planos de expansão da rede tinham sido alteradose como tal Amadora, Loures e Odivelas tinham deixado de ser uma prioridade.

De imediato a Presidente da Câmara de Odivelas, que é socialista e que durante todo aquele tempo nunca teceu qualquer comentário a esse respeito veio a terreiro condenar a decisão. Para além disso, o PS apresentou esta semana uma Moção na Assembleia Municipal a condenar essa intervenção do Presidente da Administração do Metro de Lisboa e a solicitar ao governo uma definição nessa matéria.

Os deputados do CDS-PP na Assembleia Municipal (Marina Cascais e Xara-Brasil) consideram que de facto uma alteração de planos neste sentido iria prejudicar os Odivelenses e que por essa razão iriam votar favoravelmente essa Moção, mas frisaram que o oportunismo do PS ficou evidenciado ao mais alto nível em toda esta situação, primeiro quando com uma farsa tentaram influenciar o eleitorado e agora, na véspera da “Tomada de Posse” de novo governo de outras cores políticas, sem que alguma vez se tivesse ouvido algo a esse respeito, estivessem a tentar pressionar um Governo que ainda não estava no exercício das suas funções.
 
Na resposta à intervenção de Xara-Brasil, Susana Amador confirmou que de facto durante todo este tempo o Governo de José Sócrates não deu qualquer sinal no sentido de avançar com esta linha e que nem sequer tinha conseguido marcar uma audiência com a Secretária de Estado.

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