06/06/11

Fim de ciclo

Será virtualmente impossível contar o número de vezes que Sócrates deu o dito por não dito ao longo de 6 anos. Neste capítulo faz-me recordar o ministro da propaganda iraquiano, Muhammed Saeed al-Sahaf que com o país tomado e as bombas a cair a seu lado, fazia questão de dizer que os americanos tinham sido repelidos e fugiam que nem ratos... Não fosse trágico, daria vontade de rir, porém a realidade que Sócrates não quis ver é bem amarga e dramática.

Após a titarada dos PECs que nos colocaram sob a alçada do FMI, teria que haver o doloroso despertar dos portugueses para uma realidade dura. Mesmo assim, a birra com o avanço do TGV não cessou. Diz o provérbio que "Cego não é quem não vê, mas quem não quer ver".

Com a eleição de ontem, os portugueses penalisaram Sócrates e o partido que o suportou e concederam ao PSD uma maioria cautelosa que com a previsível coligação com o CDS, poderá com mais responsabilidade e segurança, alterar o rumo suícida que o anterior executivo traçou.

O Concelho de Odivelas não foi indiferente à lógica nacional, tendo até uma consciência mais apurada na mudança. Os odivelenses concederam a vitória ao PSD e consagraram o CDS na 3ª força política, lugar ocupado pelo BE que por sua vez perdeu também para a CDU.

O CDS sobe de 10,3% para 12,53%, acima da média nacional de 11,7%. De notar que o CDS sobe em todas as frequesias, ultrapassando sempre o BE e no caso de Caneças, também o PCP.

Resultados finais:

PSD 23 768

PS 23 301

CDS 9 370

PCP 6 963

BE 4 280

De salientar que a campanha no concelho contou com a colaboração de Teresa Caeiro, Vice-presidente da AR e cabeça de lista por Lisboa, Pedro Mota Soares, líder da bancada parlamentar, João Gonçalves Pereira, director da campanha para o distrito de Lisboa, coordenados pelo incansável Miguel Xara Brasil, presidente da CPC de Odivelas.

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