Portugal está pobre, está endividado, está descrente, está triste e sem esperança, este é o sentimento generalizado dos Portugueses. Há várias razões para que tal aconteça, não vou agora aqui enumerá-las, muitas delas são do conhecimento geral e do senso comum, mas uma coisa é certa, para alterar este paradigma que é o que importa é necessário antes de mais ter a consciência que algo tem que mudar e que essa mudança é da responsabilidade de cada um de nós. Não nos podemos demitir, pensado que “eles” só por “eles”, como é costume dizer quando nos referimos aos nossos governantes, sozinhos alterarão o que quer que seja.
Mudança é uma palavra muito fácil de se pronunciar, usamos e abusamos dela, mas a realidade aponta para a constatação que a sua aplicabilidade é de extrema complexidade. Esta acarreta sempre desconforto porque associada a ela está geralmente presente o risco e um esforço suplementar. Na grande maioria das vezes só a aceitamos quando a tal somos empurrados, forçados ou obrigados.
Se isto é verdade para cada um de nós, imaginemos a dificuldade da uma mudança colectiva no País, é vital. Uma coisa é certa, neste momento perante o cenário que enfrentamos só há uma alternativa – A MUDANÇA.
Nunca fez tanto sentido as expressões que todos nós proferimos e ouvimos, tais como, “ tem que mudar tudo”, “há muito coisa para mudar” e “ isto tem que mudar”, contudo para que algo comece verdadeiramente a mudar temos todos nós (individualmente) aceitar mudar. Temos que ser mais interventivos, participativos, opinativos, construtivos, exigentes, analíticos, mais racionais e menos emocionais, mesmo que isso implique algum risco. Só assim poderemos alterar o paradigma em que Portugal mergulhou, repor a responsabilização, a moralização do estado, da justiça social e fiscal.
Não nos podemos escudar em frases tão simples como estas, “eu sou um, nada posso fazer”. Este é o caminho mais fácil e cómodo que cada um pode seguir, porém podemos ir mais além, basta utilizarmos a nossa área de intervenção.
Este é o enorme desafio que temos pela frente, como diz o Padre Vasco Pinto Magalhães, “é fácil ver as injustiças no mundo e gritar contra elas, mas tudo passa pela minha e pela tua vontade de lutar.”
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