Já se sabia que Mário Soares julga que a ameaça da al-Qaeda se resolve conversando com Bin Laden.
Dá vontade de rir, mas como as palavras foram ditas quando ele só era comentador político podem ser ignoradas. Mais grave é a posição assumida ontem sobre a crise francesa. Diz o candidato presidencial apoiado pelo PS que está em “melhor posição” do que qualquer adversário para evitar em Portugal uma situação semelhante.
Inacreditável arrogância! E perigosa demagogia! Como pode alguém, sobretudo com o passado político de Soares – um dos principais responsáveis pela forma desastrada como se geriu a descolonização – achar que pode evitar um problema que os franceses foram incapazes de travar e que o ministro António Costa, ainda ontem, reconheceu poder chegar a Portugal, porque “ninguém está imune a situações deste género”. Aliás, se o nosso país está hoje em perigo deve-o em muito a Mário Soares e Cavaco Silva. Desde 1974, foram eles quem mais tempo esteve no poder, de onde assistiram à proliferação de bairros degradados em redor dos grandes centros. Soares reafirma ainda que um bom Presidente da República tem de “ser capaz de perceber o que se passa no Mundo”. Mas ele próprio mostra que não percebe.
Este é artigo de opinião assinado por Rui Hortelã, hoje na edição online do Correio da Manhã. Lembram-se da época do diálogo?
..... Ela aí está.
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