Com este engano ficámos com a certeza que estamos pior hoje que ontem, é que para além de todos os outros erros que colocaram o País na situação em que se encontra, este provoca ainda mais desconfiança nos mercados internacionais.
31/03/11
INE - O Deficit de 2010 é de 8.6%.
Com este engano ficámos com a certeza que estamos pior hoje que ontem, é que para além de todos os outros erros que colocaram o País na situação em que se encontra, este provoca ainda mais desconfiança nos mercados internacionais.
Xara Brasil estará amanhã com Jaime Gama.
30/03/11
Odivelas - Hoje à noite.
Póvoa de St.º Adrião (Odivelas) - Imagem do dia.

Constituição da República Portuguesa - O PREÂMBULO.
......
29/03/11
Dois grandes eventos.
Paulo Portas ontem num debate com jovens no Pio XII:
Rui Ribeiro - Mais um texto no Odivelas.com
Reunião na Concelhia
26/03/11
Sondagens - A questão dos erros.
Para explicar a razão pela qual não acredito nas sondagens e os prejuizos que esses mesmos provocam , lembro que o CDS é permanentemente afectado, publiquei há pouco dois textos no blogue "Odivelas - Um Rumo":
Post 1 -A Marktest, as sondagens e os estudos de mercado (publicidade);
Post 2 - O problema dos números errados nos estudos e sondagens.
25/03/11
Reunião na concelhia.
Na próxima segunda-feira, às 21.30h. haverá mais uma reunião na Concelhia do CDS-PP de Odivelas.
Balanço das últimas actividades, balanço do Congresso de Viseu, análise da situação politica (Concelho e do País) e plano de actividades serão alguns dos pontos a abordar.
A reunião é aberta a militantes e simpatizantes. A presença de cada um de vós é importante, não só devido há situação actual do país, como aos inúmeros projectos que temos em marcha e a arrancar aqui no Concelho.
A força de um grande trabalho.
Os resultados do grande trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo CDS-PP, tanto a nível nacional como concelhio, tem vindo e continua a dar frutos. Esta semana continuámos a receber a inscrição de mais militantes.
24/03/11
Presente! Com a convicção que o CDS é a solução.
Com o pedido de demissão apresentado ontem pelo Primeiro-Ministro, o qual com a sua arrogância, pretenciosismo e erros sucessivos colocou o país num estado calamitoso e sem credibilidade nos mercados internacionais, teremos muito em breve eleições legislativas.
Pelo que acima expus estamos convictos que somos a solução para Portugal.
Um Plano Energético Para Portugal
Cristais de hidrato de metano em combustão. Estima-se que que a energia contida nos hidratos de metano no fundo dos oceanos seja mais que o dobro de toda a energia contida em todas as reservas de combustíveis fósseis.
Originalmente publicado em Quarta República.
Viva!
Em tempos difíceis, entre a incerteza, a confusão e a desinformação, e porque mais importante que criticar é apontar soluções, vou propôr em termos simples aquilo que penso serem as melhores opções para um Plano Energético Nacional.
Gostaria que este fosse um esboço inicial e, com a participação e discussão, pudesse resultar daqui um documento para a sociedade civil participar no processo de decisão política. Tratando-se de um artigo de opinião, em vez de juntar hiperligações, tentarei ser tão claro quanto possível, portanto, quaiquer dúvidas podem e gostaria que fossem colocadas nos Comentários.
UM PLANO ENERGÉTICO PARA PORTUGAL
Havemos de precisar de petróleo durante muito tempo. A indústria petroquímica deu-nos maravilhas como plásticos, fertilizantes agrícolas ou químicos que usamos para tudo, desde medicamentos que salvam vidas às roupas que vestimos e cosméticos para fingirmos ser bonitos. Parte do petróleo refinado é utilizado para alimentar os transportes e, ao preço actual, é insensato e irresponsável queimar petróleo quando temos alternativas mais baratas, menos poluentes, com origens mais seguras e mais sustentáveis, tanto ambiental como economicamente.
Temos de ter em conta, também, que, com os preços do petróleo a aumentar, torna-se cada vez mais viável retomar explorações abandonadas, explorar jazidas que antes eram inviáveis e começar a minerar em larga escala as areias e xistos betuminosos. Quando se incorpora estas reservas por explorar nas contas globais, vemos que não há falta de petróleo. Estamos é a caminhar em direcção à escassez de petróleo fácil de extrair. O lado bom disto é que, em vez de estarmos dependentes de países instáveis, vamos passar a ter mais fornecedores de confiança. Os E.U.A., por exemplo, se considerarmos os hidrocarbonetos e o metano contidos nos xistos, têm a maior reserva conhecida de combustíveis fósseis - serão, sem dúvida, a Arábia Saudita do futuro, durante séculos!
Mas, se queremos reduzir a nossa dependência energética, é óbvio que se torna imperativo utilizar aquilo que temos. E aqui começa a minha proposta: eliminar gradualmente a utilização de petróleo para produção de combustíveis, tendo em conta que podemos transformá-lo noutros bens mais necessários.
O sector dos transportes depende do gasóleo e da gasolina. As alternativas baseadas em biocombustíveis são indecentes: é inaceitável ter pessoas a passar fome porque os campos agrícolas foram convertidos em monoculturas intensivas de milho, cana de açúcar ou soja para fabricar bioetanol ou biodiesel. E a tecnologia que utiliza bactérias para processar a celulose em açúcares para fermentação e produção de bioetanol, além de ser cara, desvia a biomassa que pode ser aproveitada para produzir metano durante a decomposição desta e, posteriormente, ser usada como fertilizante orgânico na agricultura ou como combustível em centrais térmicas para produzir electricidade.
Outra questão é o carro eléctrico. Os maiores obstáculos à implementação dos carros eléctricos são as baterias e o tempo de carregamento. Só com baterias baratas, que durem vários anos e carreguem numa questão de minutos a energia suficiente para conferir uma autonomia semelhante aos carros com motor de combustão (cerca de 600km) é que esta é uma alternativa viável. Nada disto existe, ainda! Pode vir a existir, mas, não sabemos quando. E, partindo do princípio que estes problemas são ultrapassados, não podemos ter uma frota de carros eléctricos sem electricidade para os abastecer - a única fonte de energia viável para isto é o nuclear.
Não tendo uma indústria de aviação nem de construção naval, temos de continuar dependentes das exigências internacionais e continuar a refinar ou comprar combustíveis para aviões (Jet-A, 1A e B) e fuelóleo para navios (as exigências no sector naval passam, também, pela gasolina, diesel e gás natural). Se, no sector ferroviário, o transporte de passageiros pode chegar a ser totalmente suprido por locomotivas eléctricas, essa opção não é praticável no transporte de cargas que depende da tecnologia diesel-eléctrica. Também os transportes rodoviários pesados são, na sua maioria, dependentes do gasóleo.
O processo Fischer-Tropsch (FT) é conhecido há mais de setenta anos e tem vindo a ser desenvolvido, sobretudo, nos últimos dez. Este processo pode ser utilizado para converter metano (muitas vezes chamado "gás natural") ou carvão em combustíveis liquídos.
As reservas de carvão conhecidas podem durar vários séculos, é um combustível barato e, com a tecnologia que temos, já não é poluente. Além disto, as maiores reservas mundiais de carvão e lenhite estão em países amigáveis e seguros.
O gás natural ou, mais correctamente, metano, é abundante. Não só se encontra em depósitos associados a combustíveis fósseis como em ambientes ricos em matéria orgânica em decomposição, no fundo dos oceanos sob a forma de hidratos de metano ou pode ser produzido a partir de resíduos agrícolas e pecuários. É barato, virtualmente inesgotável e não polui rigorosamente nada! Nos últimos anos, em Portugal, foi feito um investimento considerável em centrais de ciclo combinado a gás natural, importado do Norte de África, para produção de electricidade. Na minha opinião, é um absurdo queimar um combustível importado para este fim.
Tendo o anterior em conta, defendo a substituição rápida da gasolina por metano. Defendo a substituição gradual do gasóleo por metano e por diesel FT produzido a partir de carvão (que tem menos enxofre), de acordo com as necessidades da indústria. Defendo a investigação em combustíveis FT para a aviação, produzidos a partir de metano, e de combustíveis FT, produzidos a partir de carvão, que possam substituir o fuelóleo.
Para a produção de electricidade, defendo um sistema redundante baseado numa rede nacional e em redes locais. Uma rede nacional composta por centrais a carvão (mais centrais que as actuais e mais dispersas) e barragens de elevado potencial hidroeléctrico (não é preciso mais crimes ambientais como as barragens de Foz Tua e Baixo Sabor, basta ampliar a capacidade de turbinagem das existentes), apoiada pelas já existentes centrais de ciclo combinado a metano (para suprir eventuais necessidades ou falhas, já que estas podem ligar e desligar conforme preciso). De acordo com a geografia e os recursos disponíveis, defendo a complementação da rede nacional com redes locais baseadas em fontes de energia diversificadas, que demonstrem ser economicamente viáveis sem subsídos e adequadas às regiões em questão: eólicas, hidroeléctricas, mini-hídricas, cogeração, microprodução, centrais térmicas a biomassa, centrais a metano produzido por explorações agrícolas e ETAR's e, se alguém quiser investir em fotovoltaica para vender a energia ao preço do mercado, porque não? Neste sistema, defendo que as regiões energéticas devem aspirar a ser auto-suficientes e, se possível, criar riqueza ao vender a electricidade excedente às regiões com menor capacidade de produção. A rede nacional, neste caso, além de contribuir pela redundância para a segurança do abastecimento, terá como principal função colmatar as intermitências associadas às fontes de energia utilizadas ao nível regional.
Defendo, também, quanto mais não seja pelo desenvolvimento tecnológico e industrial, juntamente com a criação de postos de trabalho associados, a investigação e desenvolvimento da tecnologia de reactores nucleares a sais fundidos (Molten Salt Reactors). Mesmo que esta tecnologia não venha a ser utilizada em Portugal, é uma mais-valia tecnológica que nos pode colocar da vanguarda mundial do sector da energia nuclear(só a China anunciou a construção deste tipo de reactores), abrir um novo mercado de exportações com valor acrescentado e criar postos de trabalho desde o sector mineiro(extração de urânio e tório), passando por um mercado à espera de ser explorado que é o reprocessamento dos resíduos nucleares existentes (há toneladas armazenadas por todo o mundo e todos se querem ver livres deles), à imensidão de mão de obra qualificada que este sector pode empregar. E, se além daquilo que defendo para o sector dos trasportes, os veículos eléctricos ultrapassarem as barreiras actuais e se tornarem uma opção viável (acredito que venham a ser a melhor opção para o trânsito urbano), então, daqui a trinta ou quarenta anos precisaremos de electricidade para abastecer uma frota de carro movidos a electricidade - só o nuclear pode suprir essa necessidade. Parece-me, portanto, que vale mais começar a criar riqueza de imediato e, caso venha a ser necessário, implementar uma tecnologia que já dominamos e nos sai mais barata. A alternativa é, em cima da hora, comprar tecnologia estrangeira, sem quaiquer mais valias para a nossa economia.
Isto, como já referi, é apenas um esboço daquilo que defendo, de acordo com os meus conhecimentos e opiniões actuais. Qualquer contribuição para este debate é bem-vinda.
Cumprimentos!
António Gaito
23/03/11
O dia de hoje na Assembleia da República.
Para quem como eu não teve a possibilidade de assistir ao dia de hoje na Assembleia da República, tem aqui um resumo das intervenções onde pode ver um resumo daquilo que de mais significativo se passou.
Hoje em Odivelas.
Ambos os programas são no Centro de Exposições de Odivelas. O Informalidades que tem o modelo de tertúlia é aberto a todos os que queiram assistir e/ou participar, apreça!
22/03/11
O mais que poder e o melhor que sei.
O convite que me foi endereçado resultou do trabalho conjunto de várias pessoas:
Quem me conhece sabe a pouca importância que dou em termos pessoais a estes lugares, mas sabe também que podem ser importantes e a forma como me empenho quando em algum lugar tenho que defender aquilo em que penso e o que pensam aqueles que estão comigo.
Agradeço o convite e a confiança que em mim depositaram todos os que estiveram envolvidos na composição desta lista. Em consciência comigo, tudo farei para colaborar também aqui no engrandecimento do CDS.
Xara-Brasil no Conselho Nacional do CDS-PP.
Água, R.S.U.'s e electricidade
21/03/11
Carlos Fortes e João Pela no Congresso de Viseu.

Nesta imagem pode ver-se à direita João Pela e menos à direita Carlos Fortes, ambos fizeram parte do grupo que representou a Concelhia de Odivelas. Para além deles estiveram Francisco Sousa Marques, André Carreira e Xara-Brasil. Mariana Cascais e Pedro Lara por motivos pessoais não estiveram presentes.
Maria Máxima Vaz, sobre a água e o lixo.
Comentário ao post Odivelas - Mais uma vez a falta de água.
Odivelas - Mais uma vez a falta de água.

O PS e o PSD continuam ao chumbar este tipo de propostas, a não fazer o que devem e a ignorarem os problemas que estas questões acarretam para as pessoas
"Tu, Paulo, és o primeiro-ministro que Portugal precisa."
Esta frase foi dita por Nuno Melo no Congresso de Viseu, para além de a subscrever na integra, estou perfeitamente convencido que para além de desejavel, é possivel. Esta foi outra das ideias que tentei passar no Congresso junto de todos aqueles com quem falei.
Não é assim?
Esta foi uma das mensagens que passei neste Congresso.
Paulo Portas promete governar sem mentir aos Portugueses

No seu discurso de encerramento do 24º Congresso do CDS-PP, que decorreu em Viseu, Portas afirmou que o partido terá uma comissão de supervisão do futuro programa de Governo do CDS-PP, baseado no trabalho que o gabinete de estudos está a efectuar, garantindo um documento que terá "realismo, quantificação, selectividade e humanidade".
"Vou pedir a particular ajuda de António Bagão Félix para nos ajudar", afirmou.
Aos militantes do CDS-PP, Paulo Portas deixou um compromisso: "No programa de Governo do CDS só faremos os compromissos que temos a certeza que é possível financiar, não quero ganhar as eleições mentindo, muito menos governar mentindo".
Numa análise sobre o actual momento político do país, Portas reiterou que o primeiro-ministro José Sócrates "não está a prestar um bom serviço a Portugal".
"Já não se aguenta tanta conferência de imprensa, tantos conselhos de ministros extraordinários (...) Já não se aguenta tanta intranquilidade e país precisa da serenidade do CDS", defendeu.
Lembrando, uma vez mais, que o CDS disse ao PSD que estava disponível "para um esforço conjunto", Portas resumiu a posição do partido numa frase: "O PSD não quer. Ok, é legítimo. O CDS segue para bingo".
Num discurso de 40 minutos – quase metade da intervenção de abertura -, Portas recuperou a frase do Presidente da República, Cavaco Silva, no seu discurso de posse, de que "há limites para os sacrifícios que se podem pedir aos portugueses".
Para o líder do CDS, "há duas condições para os sacrifícios": "a primeira é que valham a pena, que haja uma luz ao fundo do túnel; a segunda é que haja equidade fiscal e equidade social na repartição dos sacrifícios", enumerou.
"Quem eu hoje mais vejo a defender a continuação de Sócrates são os que têm muito e quem eu mais vejo entrar no CDS e pedir ajuda ao CDS são os que não tem quase nada", afirmou.
Portas recordou que o CDS defendeu um modelo de Governo mais curto mas salientou que esse modelo terá uma condução.
"A regra é esta e não podemos falhar: Portugal só pode ter um governo que seja eficiente e reduzido desde que esse Governo seja o governo dos melhores entre os melhores", disse, salientando que "um cartão rosa ou um cartão laranja" não se podem sobrepor ao mérito e à qualidade.
A intervenção final de Portas no Congresso serviu para passar em revista as principais bandeiras do Governo: o compromisso com a actualização das pensões mais baixas, a flexibilização das regras dos contratos de trabalho num momento de alto desemprego ou o reforço dos poderes presidenciais na área da Justiça.
"O CDS sai deste Congresso mais determinado ainda", disse, terminando a citar o líder histórico do partido Amaro da Costa: "Para além do caos, há um país que é excelente".
19/03/11
A confusão entre Dívida e criação de Moeda
- Originalmente publicado em Quarta República.
- A causa de todos os males ou de todos os bens?
Viva!
Perante uma afirmação como a supra-citada e, tendo em conta o desconhecimento generalizado sobre o funcionamento do sistema financeiro, parece-me necessário explicar: Dívida, seja ela pública ou nacional, é uma coisa; criação de dinheiro é outra!
Dívida Pública é o dinheiro que o Estado terá de pagar, juros incluídos, quando se vencerem os prazos das aplicações financeiras emitidas para angariar dinheiro. Este é um grande problema em Portugal, como todos sabemos.
Dívida nacional é o dinheiro que o Estado e as empresas de um país devem aos Estados e empresas estrangeiras, devido a empréstimos e compras por pagar que, quanto mais tempo levarem a ser pagos, mais juros se acrescentam. Este é o problema da Islândia, discutido no link acima.
Como já não utilizamos o "padrão-ouro", a moeda em circulação não tem correspondência em metais preciosos guardados no Banco Central, neste caso, o Banco Central Europeu. Hoje, a economia de mercado baseia-se num sistema fiduciário, ou seja, o dinheiro é imaginário e criado do nada, fruto de uma operação matemática. O valor do dinheiro é, meramente, relativo à confiança de quem o utiliza. E foi este sistema que nos permitiu atigir o nível de progresso e bem-estar actual.
Na nossa economia liberal, o dinheiro "aparece" de duas formas: o Banco Central emite Divisa e o sistema financeiro (os malditos bancos!) cria moeda. Em nenhuma destas situações há lugar ao aumento ou diminuição das Dívidas pública ou nacional.
A moeda pode ser emitida, por exemplo, por falta de liquidez (pouco dinheiro em circulação, normalmente por haver muita poupança ou por a balança comercial ser negativa e muito dinheiro ir para o exterior), por a moeda estar muito forte no mercado cambial (isso prejudica as exportações, já que os produtos ficam mais caros para os compradores) ou para pagar a Dívida Pública (só em último recurso!). O problema é que, se não houver criação de riqueza que justifique a emissão de moeda, está-se a inventar dinheiro a partir do nada. Portanto, se a riqueza não acompanhar, a emissão de moeda implica uma desvalorização da mesma e, se a moeda vale menos, os bens e serviços têm de aumentar o preço, ou seja, aumenta a inflacção. Por este motivo é que é um absurdo emitir moeda para pagar a Dívida pública!
Mas, a moeda também é criada e, numa economia saudável, multiplica-se, graças aos bancos comerciais. E o milagre da multiplicação da moeda começa porque há dois tipos de moeda: a moeda física, que circula, e a moeda escritural, ou bancária. É preciso, agora, acrescentar que há três tipos de bancos: Banco Central, bancos de investimento (como o B.P.P.) e, os que criam dinheiro, os bancos comerciais. E é nestes últimos que nos vamos focar.
Os bancos são empresas que recebem depósitos e, como intermediários financeiros, com esses fundos concedem empréstimos e fazem investimentos. Como qualquer empresa, o objectivo é o lucro para os accionistas. Não é demais acrescentar que banco que se preze, tem de ter liquidez (capacidade de converter depósitos em moeda física), rendibilidade (produção de lucro) e solvência (capacidade de satisfazer as suas obrigações para com os credores).
A massa monetária é constituida pela moeda física em circulação e pela moeda escritural depositada nos bancos. A moeda física depositada nos bancos não conta como moeda, senão estaríamos a contar duas vezes o mesmo dinheiro. A moeda física na posse dos bancos e os depósitos destes no Banco Central (que também não contam como moeda), constituem as Reservas, impostas por lei numa percentagem dos depósitos ou, caso os bancos queiram, maior - são as Revervas que nos garantem, quando vamos ao banco fazer um levantamento, que o banco tem moeda física para nos entregar.
Vamos, portanto, supôr que um banco tem as Reservas legais, por exemplo, de 20%. Eu vou ao banco depositar 1000€ em moeda física: o meu depósito vai aumentar em 1000€ o Passivo, mas, a moeda física que entreguei vai contar como Reserva, portanto, também vai aumentar em 1000€ o Activo. Relembremos que as Reservas não contam como moeda. Para satisfazer a obrigação legal de 20%, 200€ terão de ficar em caixa, logo haverá 800€ à disposição do banco para investir ou emprestar.
Vamos, agora, supôr que aparece alguém no banco a pedir um empréstimo de 800€. Se for um dos poucos portugueses a quem os bancos ainda concedem crédito, o banco vai depositar-lhe os 800€ na conta e ele vai levantá-los. Os empréstimos contam como Activos, logo, no balanço do banco, haverá um Passivo de 1000€ do meu depósito, um Activo de 200€ da Reserva legal e outro Activo de 800€ do empréstimo. O banco emprestou o meu dinheiro! Mas, como os 800€ do empréstimo foram levantados, aumentou a moeda em circulação, logo, o banco ao conceder o crédito, criou moeda. Além dos meus 1000€, há agora alguém com 800€, portanto, há 1800€ para serem gastos.
E não fica por aqui! O indivíduo que pediu o empréstimo vai gastar o dinheiro, vamos imaginar, em roupas e mercearias. Os lojistas a quem ele pagou (partindo do princípio que pagou...) vão, concerteza, depositar o dinheiro nos bancos e a criação de dinheiro há-de continuar.
Isto é o processo do multiplicador do crédito. É claro que os aumentos de criação de moeda serão cada vez menores. Deixa de ser possível criar moeda a partir dos meus 1000€ quando o volume de depósitos consequentes tiver crescido tanto que as Reservas são exactamente 20% do total de depósitos e iguais a 10000€. Neste ponto não há mais excesso de Reservas no sistema bancário, portanto, a expansão do crédito e resultante criação de moeda terminou.
Para não complicar, evitei referir as consequências de uma maior ou menor quantidade de moeda na inflacção ou nas taxas de juro. Nem abordo outro processo tão importante como a criação de moeda, a destruição de moeda. Outro factor que deveria ser desnecessário referir é isto: o processo de multiplicador do crédito é um processo finito! Enquanto houver moeda a ser criada, há crescimento económico, mas, quando a criação de moeda acaba, o crescimento económico pára e ficam as dívidas para pagar, com juros! Qualquer pessoa sensata percebe, quando chegamos a este ponto que, se a criação da moeda (ou, para este efeito, o crescimento pela concessão de crédito) não for acompanhada de um aumento da riqueza, o ciclo de crescimento termina e a economia entra em recessão.
Servindo-nos, então, da discussão que deu origem a este artigo - os desvarios esquerdistas da Islândia em consequência da falta de liquidez do sistema bancário - chegamos ao problema de Portugal: não há criação de riqueza!
A destruição do sector produtivo português começou no P.R.E.C., com as nacionalizações e reforma agrária, continuou no cavaquismo, com o desmantelamento do sector primário, e acabou com a inércia de quem nos governa até hoje! O sector da transformação foi arrastado pelo colapso do sector primário e as empresas que não desapareceram entretanto (a típica indústria portuguesa de mão-de-obra barata), estão agora a fechar ou a "deslocalizar-se" - eufemismo para irem explorar trabalhadores noutros países que estão a seguir o mesmo modelo económico que nos levou ao estado em que estamos. Aqueles que preseveraram, investiram, criaram empregos, produzem valor acrescentado e contribuem para o crescimento económico, depois do desprezo a que foram votados até há pouco, são agora asfixiados com impostos (para pagar os erros dos outros) e limitações à produção (por motivos que não interessam para este artigo).
A aposta portuguesa foi nos sector dos serviços que traz dinheiro rápido, mas, não produz riqueza. Quando muito, actividades como o turismo trazem divisa estrangeira - é como ter alguém a esvair-se em sangue e, em vez de tentar estancar a hemorragia, ir remediando com transfusões.
Chegamos, assim, àquilo que, no meu entender, desde as aulas de Economia Política com o Professor Arlindo Donário, considero o fracasso fundamental deste país: a falta de capital humano. A falta de educação - profissional e intelectual - de um povo é o maior obstáculo ao seu desenvolvimento. É indiscutível que pobreza gera pobreza e ignorância gera ignorância. O passo de gigante foi dado com o investimento na educação pública, mas, num mercado globalizado, não basta ter a maior parte da população com cursos superiores: a competição deve ser na qualidade das competências e não na "contagem de cabeças". A renovação das gerações é uma certeza, mas, o que mais falta, é uma revolução das mentalidades.
Impõe-se, num artigo desta dimensão, uma conclusão em jeito de "moral da história". Se algo há a retirar daqui é a fé nos Estados de Direito Democráticos, berços da economia liberal que colocou a sociedade Ocidental em patamares de desenvolvimento inéditos na história da Humanidade. Defendo, obviamente, a regulamentação dos mercados - a ausência de regras transforma a democracia em capitalismo selvagem, o que não é melhor que o comunismo! Onde a democracia não funciona, nada funciona - é uma certeza que a História nos dá. Por isso é que observo com um misto de riso e tristeza a deriva da Islândia, rumo a sistemas que já provaram não trazer nada de bom. Novamente a História, o derradeiro juíz, dar-me-á razão...
Cumprimentos!
António Gaito
18/03/11
Vigilantes - Ordenados com regularizados.

Esperemos que no futuro este executivo esteja mais atento a estas questões e que tome mais precauções aquando da escolha de parceiros que nateriormente já tinham dados indicações de alguma fragilidade.
Nós, aliás como nos compete, continuaremos atentos.
Proposta do CDS (SMAS) na imprensa local.

Para além das constantes quebras no abastecimento de água, é comum observar-se os resíduos sólidos acumulados juntos aos respectivos contentores dias e até semanas seguidas, o que par a além de não ser higiénico dá uma imagem pouco dignificante do Concelho.
Segundo noticias vindas a público prepara-se um aumento significativo, diz-se para cima de cem por cento (100%), na recolha dos resíduos sólidos e tendo em conta:
1 – que o actual executivo, subscreve o que acima referimos no que se refere à qualidade dos serviços prestados pelo SMAS;
2- que todo este problema se tem mostrado de complexa
resolução;
3 – que compete ao executivo defender em primeiro lugar e acima de tudo os munícipes deste concelho;
4 – que um aumento desta grandeza é imoral, absurdo, irracional e desumano;
5 – que uma parte significativa da população é carenciada e outra atravessa neste momento, por razões que são conhecidas um período de enormes dificuldades;
6 – porque esta também será uma forma clara de demonstrar efectiva firmeza perante o problema que neste momento representa a gestão dos SMAS;
Vem em esta Assembleia, reunida hoje, a 14 de Março de 2011, recomendar que sejam tomadas pelo Executivo Municipal todas as medidas para que este aumento não se venha a verificar, nomeadamente que sejam utilizados todos os recursos legais existentes, se necessário que seja interposta uma providência cautelar, no sentido de evitar este aumento e de proteger todos os munícipes e empresas do Concelho.
17/03/11
Nota de Imprensa.
Já se encontra disponivel Odivelas.Com a nota de Imprensa feia pelo CDS na sequência a íltima Assembleia Municipal.
XXIV Congresso - Programa.
Sábado
09H00 - Credenciação dos Congressistas;
10H45 - Abertura do Congresso e Intervenção do Presidente da Mesa do Congresso;
- Intervenção do Presidente da Comissão Política Distrital de Viseu;
10H55 - Votação da Acta do 23º Congresso;
11H00 - Apresentação do Relatório da Secretaria Geral e da Comissão
Organizadora do Congresso;
11H15 - Apresentação do Relatório do Grupo Parlamentar;
11H30 - Apresentação das Propostas de Orientação Política, Económica e
Social;
13H00 - Apresentação do Documento de Orientação Política pelo Presidente do
Partido eleito;
13H45 - Almoço;
15H00 - Reabertura dos trabalhos, continuação da apresentação das Propostas de
Orientação Política, Económica e Social;
- Apresentação, discussão e votação das Proposta de Alteração de Estatutos
e organização do Partido;
17H00 - Discussão e votação das POPES.
Domingo
09H00 - Eleição dos órgãos dirigentes do Partido para o biénio 2011/2012;
11H30 - Fim das votações;
12H30 - Proclamação dos resultados da eleição;
- Tomada de Posse dos órgãos nacionais eleitos;
- Sessão de encerramento do 24º Congresso.
Nota: Para ver mais informação clique aqui.
15/03/11
Em Caneças "à facada".
Depois de há uns dias termos recebido a notícia de que em Famões um homem tinha sido baleado nos ditos, hoje chega-nos uma notícia de Caneças - uma mulher agrediu um homem à facada.
Como há muito vimos afirmando, a questão da segurança em Odivelas tem que ser vista com maior atenção, mas sobre este tema o executivo municipal reage com confrangedor silêncio.
Xara-Brasil no encerramento da Petição.
Como é do conhecimento da generalidade das pessoas, o Grupo Pensar Odivelas dedicado ao Comércio Local, depois de ter elaborado o Projecto de Dinamização e Revitalização do Comércio Local, o qual foi incompreensivelmente chumbado pelos partidos do poder em Odivelas, PS e PSD, teve mais uma importante iniciativa, a Petição para a Abertura ao Público do Mosteiro de Odivelas.
Esta iniciativa ao fim do primeiro mês, depois de recolhidas mais de 1.000 subscritores na Internet e cerca de 5.000 assinaturas em folhas de papel, foi dada por concluída no passado fim-de semana.
A.M. de Odivelas - Mais 2 requerimentos.
Para além da proposta para fazer face à intenção do SMAS de aumentar de forma absurda a taxa dos residuos sólidos e da questão das demissões na Câmara o CDS fez mais dois requerimentos. Um a questionar os custos de implementação e construção do canil, o outro, tal como já tinha sido anunciado, sobre a questão da empresa que presta o serviço de vigilância humana
14/03/11
A.M. Odivelas - Proposta do CDS para impedir o aumento de 140% na taxa dos resíduos sólidos.
(Contra o aumento da taxa dos resíduos sólidos)
O mau serviço prestado pela gestão dos SMAS ao Concelho de Odivelas, quer na distribuição de água, quer na recolha resíduos sólidos, tem sido por demais evidente e tem causado os mais diversos problemas, transtornos e até prejuízos quer à população quer às actividades económicas existentes no Concelho.
Para além das constantes quebras no abastecimento de água é comum observar-se os resíduos sólidos acumulados juntos aos respectivos contentores dias e até semanas seguidas, o que par a além de não ser higiénico, dá uma imagem pouco dignificante do Concelho.
Segundo noticias vindas a público prepara-se um aumento significativo, diz-se para cima de cem por cento (100%), na recolha dos resíduos sólidos e tendo em conta:
1 – que o actual executivo, subscreve o que acima referimos no que se refere à qualidade dos serviços prestados pelo SMAS;
2- que todo este problema se tem mostrado de complexa resolução;
3 – que compete ao executivo defender em primeiro lugar e acima de tudo os munícipes deste concelho;
4 - que um aumento desta grandeza é imoral, absurdo, irracional e desumano;
5 – que uma parte significativa da população é carenciada e outra atravessa neste momento, por razões que são conhecidas um período de enormes dificuldades;
6 – porque esta também será uma forma clara de demonstrar efectiva firmeza perante o problema que neste momento representa o gestão dos SMAS.
vem esta Assembleia, reunida hoje, a 14 de Março de 2011, recomendar que sejam tomadas pelo Executivo Municipal todas as medidas para que este aumento não se venha a verificar, nomeadamente que sejam utilizados todos os recursos legais existentes, se necessário que seja interposta uma providência cautelar, no sentido de evitar este aumento e de proteger todos os munícipes e empresas do Concelho.
Esta proposta contou com os votos favoráveis do BE, CDU, MPT e CDS, mas foi chumbada com os votos contra dos partido do "acordo" P.S. e P.S.D.
A.M. Odivelas de hoje - Demissões na Câmara.
No P.A.O.D. de hoje questionámos o executivo sobre qual a razão da demissão do Director Financeiro e da Chefe de Divisão de Aprovisionamento e se o facto de ambos se terem demitido num prazo de tempo tão curto, era coincidência ou se quereria indiciar algo mais.
A resposta da Câmara, a qual desta vez foi dada por Mário Máximo em substituição da Dr.ª Susana Amador, foi: demitiram-se por razões de consciência e de vontade.
A vontade a mim não me surpreende, nem tão pouco a questiono. A questão da consciência é que urge esclarecer, não será assim?
13/03/11
Odivelas - Amanhã há Assembleia Municipal.
Amanhã reunirá mais uma vez a Assembleia Municipal de Odivelas, para além do P.A.O.D., teremos dois pontos: a privatização do Cemitério de Odivelas e alterações às Taxas Municipais. Juntamente com a Drª Mariana Cascais lá estarei mais uma vez para defender as razões pela qual fui eleito.
Petição, PSAAC e Povarte.
Depois do encerramento da Petição, do almoço/convívio com o um dos grupos do Pensar Odivelas e depois de ir à Póvoa felicitar o PSAAC (9º Aniversário), Xara-Brasil ainda visitou a Povarte, onde testemunhou a qualidade do trabalho de uma série de artistas da Póvoa de Stº Adrião. Esta visita foi rápida, mas ficou a promessa de uma visita mais prolongada, com o vagar que a qualidade dos artistas merece.
Petição: Últimas Noticias.
Para assinalar a data foi feita uma comunicação à imprensa e segui-se um almoço/convívio onde estiveram presentes algumas das pessoas que mais colaboraram na recolha desta assinaturas.
Para ver as intervenções de Maria Máxima Vaz, de Madalena Varela, de Paulo Aido e de Xara Brasil, clique aqui.
Fig.1 -Máxima Vaz, Paulo Aido, Xara-Brasil, Madalena Varela,
Teresa Salvado e Carla Rodrigues.
9º Aniversário do PSAAC
O convívio decorreu da melhor das forma, num ambiente simpático e muito saudável. Ao utilizar da palavra deu os parabéns a toda a colectividade e à direcção, enalteceu o trabalho dos dirigentes desportivos e afirmou a cada vez maior necessidade de se acarinhar, de apoiar e de se valorizar todo trabalho cívico, quer seja ao nível de intervenção desportiva, cultural, social ou politica.
O Concelho e o País não podem desperdiçar toda esta boa-vontade.
12/03/11
Abutres propagandistas! Simplesmente nojento...
Via http://ecotretas.blogspot.com/2011/03/o-abanao-da-estupidez.html um apanhado daquilo que já estava à espera!
Estes pseudo-ecologistas não têm respeito por nada nem ninguém! Tudo o que acontece no mundo é culpa das alterações climáticas que eles acreditam ser causadas pelo Homem, tal como a propaganda nazi atribuía todos os males do mundo aos judeus...
Não costumo recorrer ao insulto pessoal quando debato ideias, mas, esta gente não merece qualquer respeito da minha parte: são uma cabada de abutres nojentos, mentirosos, opurtunistas, arrogantes e ignorantes que não merecem o chão que pisam nem o ar que respiram!
Cumprimentos!
António Gaito
11/03/11
A manhã de hoje!
Depois de ter assinado as POPE's para o Congresso, de ter tratado dos últimos pormenores para para o encerramento da Petição pela abertura ao Público do Mosteiro de Odivelas, a qual ocorrerá manhã (apareça!), também já tratei de parte da Assembleia Municipal da próxima segunda-feira. Uma proposta e alguns requerimentos já estão prontos.
10/03/11
Informalidades
Na primeira ronda foi abordada Petição para a abertura ao público do Mosteiro de Odivelas e a importância que poderão ter as Petições na ajuda a concretizar os anseios das populações. Aqui falei da forma como decorreu até ao momento esta caminhada e dei a minha opinião sobre a forma como entendo que esta ferramenta deve ser utilizada. Foi com muito agrado que registei que todos os que estiveram presentes na sala eram signatários desta causa.
Na segunda parte, depois de ter sido questionado sobre o valor do desemprego em Odivelas, o qual deve rondar as 5.500/6.000 pessoas, fui forçado a falar mais uma vez do trabalho do executivo nesta área e em mais uma inabilidade do Vereador da tutela.
Também nesta ronda, creio eu, foi abordada a demissão do Director Financeiro da C.M. de Odivelas e da Chefe de Divisão de Aprovisionamento, aqui conclui tal como o meu colega Miguel Ramos e por razão do que há muito venho afirmando, a Câmara está falida, que urge fazer um P.R.O. - Plano de Recuperação de Odivelas.
Por fim abordei mais três temas da maior importância:
1 - A alteração subtil da mensagem publicitária da Câmara Municipal, na qual se verifica que Odivelas deixou de ser "terra de oportunidades" e passou a ser uma "terra boa para viver".
2 - O problema cada vez maior que representa o serviço prestado pelo SMAS para a população de Odivelas e a incapacidade da Câmara em o resolver, assim como o já tão falado aumento de 142% na taxa de recolha dos resíduos sólidos.
3 - Ao saber durante o programa que amanhã irão a reunião de Câmara a discussão sobre novas avenças (obscenas) com escritórios de advogados em que Deputados na Assembleia Municipal de Odivelas, eleito nas listas do PSD são sócios, não pude deixar de as repudiar e de deixar claro o meu total desagrado.
Mosteiro de Odivelas - 1ª fase concluída!

Nota: Ainda pode ser um dos mais de 5.000 subscritores, clique aqui!
09/03/11
Informalidades - Hoje lá estarei!

Manifesto do 12 de Março escrito por um Zé-Ninguém.
Exaustos e curvados,
Vão um a um, curvados,
Os seus magros perfis;
Escravos condenados,
No poente recortados,
Em negro recortados,
Magros, mesquinhos, vis.»
PESSANHA, Camilo – Branco e Vermelho
De que somos feitos, afinal? Daquilo que os sonhos são feitos (We are such stuff / As dreams are made on…)?
Não! Somos pessoas de carne, osso e alma, para os que acreditam que temos uma alma para além da existência carnal…
Porque raios, então, somos tidos como ruído de fundo no processo de decisão politica? A nossa ignorância da realpolitk e outros assuntos que, todos gostaríamos de não saber, é demasiado para a nossa consciência? Não! É, simplesmente, demais para o nosso bem-estar…
E quando aquilo que não queremos saber dita o nosso conhecimento do quotidiano, o nosso ordenado, o preço que pagamos pelos combustíveis, pela comida, pela electricidade, pela água… Quando aquilo que não queremos saber diz respeito a tudo à nossa volta e, quais Penélopes, tricotamos o nosso dia-a-dia, enquanto aceitamos a clarividência de gente que não consegue ver para além do próprio umbigo? Manifestamo-nos?
Tenho 25 anos e não gosto assim tanto dos Deolinda! No entanto, que parvo que sou… Tenho 25 anos e ainda acredito que as coisas podem mudar! Nada pode mudar enquanto a minha geração não tomar o poder. Não falo da geração nascida em finais dos anos de 1980… Os que nasceram por essa altura e fizeram carreira nas juventudes partidárias não são melhores que os Varas, com a diferença de nem terem médico de família (como eu) para passarem à frente nas filas dos Centros de Saúde. Falo daqueles que não foram traumatizados por um 25 de Abril e conseguem manter a razão!
Vou para a Avenida da República no dia 12 de Março às 15 horas porque quero muita coisa! Não me transtorna o desgoverno Sócrates, mais do que me transtornaria qualquer outro republicano-maçon-capitalista que desempenhasse o papel de chanceler do reino, houvesse algum monarca que tomasse conta de nós! Revolta-me, sim, o fartar-vilanagem a que estamos entregues! Não somos mais uma nação soberana, tais as cedências aos Senhores da União Europeia e aos interesses privados… Nem o Estado tem, como deveria ter, a capacidade de manutenção da ordem pública, a não ser da máquina fiscal – a única coisa que funciona bem neste pais!
O Estado é de todos, portanto, não quero mais amizades com ditadores como o Kadhafi, o Eduardo dos Santos ou o Chávez! As empresas portuguesas que o queiram fazer, força! Afinal de contas, é nisso que consiste o princípio da livre-iniciativa no Estado de Direito Democrático: se não for ilegal, cada um cria riqueza como puder!
O Estado tem o dever de apoiar o Colectivo, para isso cobra impostos. Portanto, se EU pago impostos, tal como TODOS pagamos e, estamos a falar do ÚNICO ORGANISMO PÚBLICO QUE FUNCIONA NESTE PAÍS: será que o grande capital QUE CRIA RIQUEZA não deve pagar na justa proporção daquilo que a nação paga no seu todo?
E as Forças Armadas, garantia da soberania nacional, não merecem o respeito da sociedade civil? Se calhar, enquanto houver mais preocupação em formar carreiras do que em delinear um plano de acção para termos uma força militar moderna e capaz de intervir em qualquer parte do mundo em defesa dos interesses nacionais ou dos princípios morais que guiam as relações entre os Estados, os nossos heróis serão apenas os desportistas que, embora representem a nossa bandeira, não entregam a própria vida para defender o Colectivo.
Qualquer crise económica é acompanhada de uma crise social, do aumento da insegurança, da criminalidade. E não é só o pobrezinho que rouba um pão ou uma peça de fruta da mercearia… Esse, se apanhado em flagrante delito, de acordo com o Código de Processo Penal que a Nomenklatura alterou, vai de cana! NUNCA EM PORTUGAL HOUVE TANTA CRIMINALIDADE VIOLENTA NEM CRIME ORGANIZADO como hoje temos e, para lidar com isso, diminui-se o orçamento das forças de segurança e o número de efectivos das polícias – menos aqueles cinco blindados muito bons para lidar com distúrbios públicos que, segundo disseram, vieram para uma cimeira posterior à entrega…
E que dizer da Justiça? Eu, que vos escrevo, fui sentenciado a setenta dias de multa em 2010 (4€ por dia) por um tribunal, por ter sido apanhado a conduzir com álcool em 2007. Como não tenho emprego, tenho de protelar o pagamento com requerimentos… Mas há quem usurpe o cargo que ocupa e coloque ao seu dispor o Procurador Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (quarta figura na hierarquia do Estado de Direito Democrático) para fugir às responsabilidades dos crimes que cometeu. E, como todos já tolerámos vários enganos com a mesma origem, fechamos os olhos em nome da estabilidade!
A nossa economia, tendo em conta a inexistência de um sector produtivo, é uma coisa qualquer que não uma economia. Uma reforma agrária seguida de uma Política Agrícola Comum destruíram o nosso sector produtivo! Os nossos minérios estão ao Deus dará, a lavoura é coisa para quem tem amor à terra e não amor próprio (quando sobrevoo Espanha ou França, vejo as terras cultivadas, vá-se lá saber porquê), a pecuária está entregue a mercados em que nem sequer participamos, as pescas são uma miragem (os navios foram abatidos para outros países virem delapidar os nossos recursos, muitas vezes, ilegalmente) e a produção primária de energia depende das melancias (verdes por fora, vermelhos por dentro; gente que com a queda do comunismo tomou de assalto o ambientalismo e mina o nosso modo de vida com as suas ideologias anti-capitalistas). A indústria parece que não se mentaliza da verdade inconveniente: os salários baixos, hoje, são a arma da Roménia e da Bulgária! Nós precisamos de salários decentes e produtividade (mesmo que isso implique trabalhar umas 12 horas por dia, pagas obviamente!) no sector da transformação. E se não há dinheiro para comprar serviços, como é que pode haver um sector dos serviços? O crédito fácil acabou… Está na altura de pagar o que devemos e não ganhamos para isso!
O cavaquismo deu-nos auto-estradas com fartura! E se uns pagam, porque raios é que outros não querem pagar? É por causa da interioridade? Sabem lá esse caramelos o que é estar longe do litoral?! 400Km da fronteira para o mar não é nada! É, quando muito, uma vantagem, tendo em conta que algumas das mais prósperas cidades europeias estão mais longe que isso e valem-se da proximidade com os portos marítimos para o comércio de mercadorias. Roma ou Londres estão tão longe do mar como Santarém! E se temos os Alfa Pendular há tantos anos e não remodelámos as linhas para que circulem como era esperado, para que raios é o T.G.V.? Se é para fazer investimento público em ferrovias, então, mudem a bitola ibérica para bitola europeia – só assim os passageiros que embarcam em Lisboa e as mercadorias que são descarregadas em Sines podem seguir para o resto da Europa sem trocar de comboio nos Pirinéus!
É correcto os P.I.N. serem mais importantes que a R.E,N, mas, as eólicas e o P.N.B. podem continuar a sugar os portugueses até à medula… Mesmo que paguemos quase metade da nossa factura da electricidade e grande parte dos nossos impostos para financiar a P.R.E., em alguns casos a QUINZE VEZES O VALOR DE MERCADO, nenhum líder político veio a público dar a opinião sobre isto! Ou seja, a conservação do ambiente, por causa da ditadura pseudo-ecologista baseada em mentiras, foi deixada para segundo plano, em nome de uma política energética que não oferece qualquer segurança económica ou ambiental!
NÃO HÁ POLÍTICAS DE APOIO À FAMÍLIA! Os portugueses não têm filhos porque não podem! Se em tempos de má memória um ordenado médio dava para sustentar uma família de quatro pessoas, hoje mal chega para uma! É nisto que consistem as conquistas de Abril? Quando, dado o nosso desequilíbrio demográfico, temos de contar com os imigrantes para sustentar a nossa Segurança Social (o tão querido Estado Social QUE A ESQUERDA DEFENDE E - EU TAMBÉM, mas não desta forma)? Que raio de Estado de Direito Democrático é este em que os mesmos Socialistas que redigiram a Constituição da República, vêm agora INCONSTITUCIONALMENTE reduzir salários aos trabalhadores?
E se em tantos países, em vez de pagar mais impostos, os trabalhadores descontam para um seguro de saúde privado – sistemas que, pelo menos, na Europa funcionam – sem que com isso percam o direito constitucional do acesso à saúde, porque é que tendo nós um Serviço Nacional de Saúde tão justo, centenas de milhar de pessoas (como eu) não têm um médico de família? E porque é que os hospitais, em vez de serem públicos ou geridos por privados, além das pessoas competentes que zelam pelos cuidados de saúde da população, têm de desviar recursos para pagar a Conselhos de Administração NOMEADOS pelos partidos que estão no Governo? Esses salários não seriam, por exemplo, melhor empregues em material de diagnóstico e horas de serviço aos médicos, para eles não terem de fazer part-times nos privados?
Eu aprendi a ler, escrever e a fazer contas… Infelizmente, não aprendi a parte das contas como deve ser! Mas, sei realizar operações básicas, tal como sei ler e escrever sem passar vergonhas. Mas tive colegas no Ensino Superior que não sabiam ler nem escrever em português! E chegaram lá. Como? Se estivesse numa qualquer engenharia (daquelas em que não se passa com exames ao Domingo) ficaria chocado se algum colega meu não soubesse resolver uma operação matemática elementar. Como andei a passear pelas Humanidades (Direito e Arqueologia), choca-me que haja gente a concluir licenciaturas sem saber ler nem escrever. E não os culpo! Afinal de contas, também me passeei por um ensino Básico e Secundário sem a menor exigência – que hoje é ainda menor para não afectar as estatísticas da O.C.D.E. – e vi as recompensas dadas ao mérito… DAÍ NÃO ME TER ESFORÇADO MAIS! Mas quando ouvimos os professores a protestar por serem avaliados, devemos pensar que o mais importante é como eles avaliam os alunos. Se o sistema os obriga a dar boas notas, é claro que têm de ser maus professores e, como tal, não querem ser avaliados! OS MELHORES PROFESSORES QUE EU TIVE, DESDE O BÁSICO AO SUPERIOR, NÃO TINHAM PROBLEMAS EM DAR AS NOTAS JUSTAS! E muitos deram-me más notas com toda a justiça… Sem a pressão de serem eles próprios avaliados.
Mas quando se chega ao Ensino Superior, não é o grau de exigência que é maior… É a capacidade de lidar com o status que conta! Porque se antes disso tivemos professores com medo daquilo que lhe calha em avaliação, nas Universidades os Professores são Senhores do destino dos alunos. E muitas vezes, tanto as aulas como as avaliações são deixadas para os mestrandos, doutorandos e pós-docs, uma forma digna de TRABALHO PRECÁRIO. É claro que só quem pode – ou quem tem artimanhas com as declarações de rendimentos – é que aguenta cinco anos de Universidade… Para ir trabalhar num call center ou numa empresa de vigilância.
Mas a cultura… Ai a cultura, essa coisa que, para os gauchistas deve ser acessível a todos. Essa forma esquerdista de educar as massas… Revolta-me como se gasta tanto dinheiro do Ministério da Cultura em subsídios a artistas e museus vazios e como infelizmente o património histórico, arquitectónico e arqueológico está na mesma dependência, aquilo que realmente é de todos está entregue à bicharada. Quando não aparece algum construtor civil – quantas vezes a obra é pública! – para cilindrar o património que é de todos - e se me é permitido, devo dizer que participei na escavação de um dos povoados fortificados do Calcolítico melhor preservados da Península Ibérica, que acabou cilindrado porque o presidente da Câmara de Redondo (dissidente do P.C.P., e nem por isso melhor pessoa) teimou em cumprir a promessa eleitoral de fazer uma estrada DESNECESSÁRIA por cima daquele povoado – fica simplesmente ao abandono. Mas, como é politicamente correcto, financia-se companhias de bailado cujos directores fazem o que querem do dinheiro, orquestras que tocam para plateias vazias, teatros que não conseguem chamar público (o estupor do La Féria consegue encher o teatro dele sem um tostão dos contribuintes, aquele capitalista!), filmes que ninguém vê e pintores e escultores que ninguém conhece. Vá-se lá saber o motivo pelo qual os filmes, peças de teatro, livros e exposições, noutros sítios não só partem da iniciativa privada, como rendem dinheiro e estimulam a economia. Deve ser obra do demo capitalista que leva os artistas a oferecer às pessoas a sua arte e as pessoas ( a massa ignorante que a esquerda quer educar) a procurar aquilo que lhes interessa…
Mas quem sou eu, António Lopes Pereira Gaito, nascido aos vinte e sete dias do mês de Janeiro no ano de mil novecentos e oitenta e seis da graça do Senhor, para questionar os caminho que esta elite (E O POVO QUE VOTA NESTES ESTAFERMOS) nos conduz? Eu que sou convictamente ateu, defensor da ciência exacta, do debate de ideias livre, da democracia, das liberdades individuais, da justiça dos Homens, de direita (assim me diz quem gosta de classificar as coisas para não se sentir perdido ou de catalogar tudo para saber aonde pertence) quem sou eu para colocar em causa o mundo em que vivo?
As veias onde o sangue me corre não contêm mais a pressão, tal é a revolta que trago. Eu, como milhares, quero outra coisa… Quero justiça! Se calhar, nem todos querem a mesma forma de a cumprir. Muitos estarão, concerteza, seduzidos pelas palavras de um certo alemão, ou dos seus seguidores (duvido que a maior parte dos socialistas ou comunistas alguma vez tenha lido Marx, senão, seriam outra coisa qualquer, menos aquilo que dizem ser), mas o derradeiro objectivo é universal: a tal sociedade livre justa e fraterna que foi postulada na Lei Fundamental por um indivíduo que, antes disso, vendeu (tal como outros anti-fascistas) os que a defendiam ao regime vigente.
Nem preciso da Justiça Divina – essa fica para os Homens de Fé, quando a hora chegar! Só quero a justiça terrena: a oportunidade de um trabalho digno, de um salário justo, de um meio socioeconómico em que possa constituir família e de um Estado que zele pelos interesses do Colectivo, não dos amigos do Bloco Central. É pedir demais? As grandes conquistas da Humanidade em termos de Direitos, Liberdade e Garantias consistem nisto! A Magna Carta, a revolução Francesa, a revolução Americana, a nossa Carta Constitucional de 1826… Como é que a Terceira República pode ser mais atrasada neste aspecto? Será precisa uma Quarta República? Então eu, que até tenho simpatias monárquicas, DEFENDEREI UMA QUARTA REPÚBLICA!
«E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico.» É de Garrett, em 1846 (Viagens Na Minha Terra), e não minha a interrogação. Eu, na insensatez dos meus vinte e cinco anos, interrogo os mesmos agentes que Garrett: quantos mais portugueses é forçoso condenar à miséria, à exploração salarial, ao endividamento, à desmoralização, ao terceiro-mundismo, à absoluta incapacidade de usufruir da dignidade que devia estar presente em todos os seres humanos, para satisfazer o voraz apetite da elite que manda sem ter sido eleita? Quanto mais pobres, desempregados, esfomeados, miseráveis, serão necessários até que alguém que possa fazer a diferença dê um murro na mesa e diga “basta!”?
EU SEI O QUE QUERO – E NÃO É ISTO! Eu quero mais e quero melhor…E tenho esse direito! E não quero mais pseudo-socialismo (é que nem ao produto original temos direito!) nem sociais-democratas (outra contrafacção da versão capitalista do marxismo). Quero outra coisa! Quero pessoas reais. Pessoas que dêem o nome e a cara por aquilo que defendem, mesmo que eu não goste! Pessoas que eu possa apoiar ou responsabilizar. Pessoas que mereçam o meu voto. Pessoas e não siglas! Quero uma política com rosto humano e não com interesses partidários! Quero as pessoas dos partidos e as que não são dos partidos… Não quero é os partidos e o que os rodeia. Quero o madrugar irreal do Quinto Império, ou na falta disso, a segunda melhor coisa: um caminho novo, uma respublica nova, um novo Portugal!
Por isto tudo e, sobretudo, por mais que as palavras não podem traduzir, às três da tarde de Sábado, dia doze do mês de Março, vou estar na Avenida da República, não só para oferecer o corpo à manifestação ou protesto… Não só para reivindicar aquilo que é meu, por direito inato… Mas para ser mais um no meio da multidão! Uma voz, uma mente e um corpo no meio de tantos outros. Porque eu sou mais que eu! Eu sou parte do todo que completo e faz de mim quem sou. Eu sou português! E sou humano! Não posso tolerar mais atentados contra a condição que me define. Porque não sou só eu o prejudicado – é o Colectivo que está em xeque! Quem cala, consente… E SÓ CONSENTE QUE GANHA COM A MISÉRIA DE TODOS!
Odivelas, 8 de Março de 2010
Mais um Zé-Ninguém
O texto acima foi escrito com o maior desprezo pelo Acordo Ortográfico.
António Lopes Pereira Gaito