09/01/11

… vai ser bem mais difícil! (5)

2001- O Problema o económico
Investimentos antigos/Captação de empresas estrangeiras.



Incapazes de investir no que quer que fosse a longo prazo, isso não trás resultados eleitorais, os nossos governantes investiram basicamente em Obras públicas megalómanas (desajustadas às necessidades), muitas vezes mal projectadas e quase sempre mal orçamentadas. Obras essas, que criaram à época trabalho/empregos periódicos a muitas pessoas (grande parte imigrantes), mas que não geraram condições para aumentar de forma consistente a produção nacional, nem tão pouco garantiram condições para a criação de postos de trabalho duradouros, como aliás está à vista de todos. Para além disso, convém não esquecer, foram obras que não são auto-sustentáveis, por isso serviram também para aumentar a despesa corrente do estado.

Como exemplo, posso dar a quantidade enorme de Auto-estradas que foram construídas (muitas delas sem portagem), o C.C.B., a Caixa Geral de Depósitos, a Expo, os Estádios para o Euro, a Casa da Música e a Estação de Metro do Terreiro do Paço).

Estes investimentos enriqueceram alguns grupos económicos, proporcionaram a melhoria significativa do nível de vida a algumas pessoas, criaram milhares e milhares de postos de trabalho durante um determinado período de tempo (tantos que assistimos a um enorme fluxo de imigração), mas não potenciaram um crescimento económico sustentável.

Para além destes investimentos, verdade seja dita, houve uma procura e até investimento na captação de empresas estrangeiras.


Esta é outro investimento no qual levanto algumas dúvidas, mas para os quais não tenho elementos suficientes que me permitam dar uma resposta suficientemente fundamentada.

Se por um lado é verdade que com a vinda de muitas destas empresas se criaram milhares de novos postos de trabalho, nestes casos, muitas vezes, mais qualificados que nas obras e com uma perspectiva mais duradoura, também se questiona quais os apoio e respectivos montantes, as garantias face a esses montantes e se face aos apoios concedidos, os empresários portugueses não ficaram prejudicados?

Como digo faltam-me alguns elementos para poder aprofundar este tema, mas por exemplo, a isenções de alguns impostos, a qual sei que em alguns casos aconteceu, leva-me a questionar:
1 - se por um lado não prejudicou empresas portuguesas que embora actuando no mesmo sector não tiveram este beneficio;
2 - qual montante do encaixe financeiro do estado que é proveniente destas empresas.

Seja como for a verdade é que estes investimentos e outros que possam ter existido, não proporcionaram o crescimento económico que teria sido fundamental face ao aumento das despesas. Para além disso há a salientar a destruição de grande parte da nossa força produtiva, nomeadamente da agricultura, da pesca e da indústria.

Podemos concluir, que também neste aspecto, os nossos governantes, por incompetência, por falta de honestidade intelectual, por falta de espírito patriótico e/ou missionário à frente dos destinos do nosso país, ou por qualquer outro razão, estiveram longe de terem exercidos as suas funções com algum tipo de distinção positiva, muito pelo contrário.

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