De que gosta o povo de direita? Gosta de lei e de ordem, gosta da Nação, e gosta da protecção do Estado, contra a desordem interior ou externa. Luciano Amaral, escreveu este artigo de opinião no Diário Económico.
Quem tenha ouvido o que se disse no recente congresso do CDS-PP terá certamente ficado confundido pelas diferentes mensagens ideológicas que de lá saíram. Para uns, o CDS-PP deve regressar à sua matriz social-cristã, que o marcou historicamente, e continuar a lutar contra a lei do aborto. Para outros, o CDS-PP deve abrir-se à ecologia e às energias renováveis. Para mais uns quantos, o CDS-PP deve preocupar-se com os problemas da saúde pública, com os desempregados e com a segurança social. Para o seu líder, deve também preocupar-se com a “perda do poder de compra”, e ainda essa coisa extraordinária que é o “estatuto do voluntariado” (???). E, por fim, para António Pires de Lima, o CDS-PP deve dedicar-se aos “direitos individuais”, e promover o liberalismo, político e económico.
Manuel Castelo-Branco, em 31 da Armada, comenta o artigo de Luciano Amaral nos termos seguintes
Acabo de ler o artigo de Domingos Amaral no Diário Económico de hoje. Tenho o Domingos como uma pessoa inteligente e estruturada, mas a sua visão da política é perturbada por um enorme complexo de esquerda que já não é admissível na sua geração.
(...)
A única conclusão a que chego, é que o Domingos milita num campeonato de ódio a Paulo Portas. Tudo aquilo a que ele esteja ligado, é pernicioso, errado e falso. Este é um campeonato cuja taça foi até hoje conquistada alternadamente por Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa. No entanto parece-me que há mais um sério candidato ao titulo. Esse campeonato é perigoso porque dificulta a análise, enviesa o discurso e deturpa as conclusões. Mas, ao menos, dá-nos também motivo para escrever.
Paulo Pinto Mascarenhas, o director da revista Atlântico, comenta em Apreciando e aplaudindo.
Por fim, Eduardo Nogueira Pinto, comenta em liberais contra conservadores ou liberais mais conservadores? (II), concluindo que
devemos valorizar o que nos une e mitigar o que nos separa. Se há propostas para além das causas fracturantes, venham elas – provavelmente são idênticas àquelas que outras direitas, mais liberais ou mais conservadoras, há muito defendem. Ao continuar a usar esta técnica de discussão, que começa no insulto e nunca chega à ideia, é que não vamos longe.
Assim se vai pela Direita...
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