O Conselho Nacional é já este fim-de-semana.
Vão-se discutir os resultados das autárquicas, vai-se discutir as reacções a esses mesmos resultados, vai-se discutir a estratégia e/ou a falta dela e vai-se discutir as presidenciais.
E muito assunto para tão pouco tempo e com tanta gente, faço votos à distancia para que seja produtivo e construtivo.
1º) Resultados têm que ser analisados por duas vertentes:
- Na vertente em que houve coligações com o PSD, em que de facto aí houveram bons resultados, resta saber qual o peso que o CDS aí teve e o que vai acontecer daqui a 4 anos, caso nesses locais tenha que concorrer sozinho.
- Na vertente em que não houveram coligações, para mim foi uma derrota pesadíssima. Fui cabeça de lista à Freguesia de Famões (Odivelas), aí obtivemos o terceiro melhor resultado, para o CDS, entre todos concelhos perto de Lisboa (só ficámos atrás de Caxias e Paço D’Arcos), só que o terceiro melhor resultado é 3,29%.
Para mim os resultados das autárquicas para o CDS foram desastrosos e desde já chamo a atenção, para que todas as pessoas do CDS que foram eleitas, em coligação com o PSD, não adormeçam à sombra da bananeira. Têm que trabalhar, mostrar trabalho e ter protagonismo, caso contrário daqui a 4 anos, tchau, tchau.
2º) Feita esta analise, vale o que vale, mas sei que não sou só eu que a tenho, penso que transformar uma derrota, pesadíssima por sinal, em vitória, não tem qualquer cabimento, são práticas de outros partidos que não o nosso.
3º) Só assumindo esta derrota, identificando e percebendo os erros todos que foram cometidos, incluindo os pessoais, é que podemos aspirar a ter melhores resultados nas próximas autárquicas.
4º) Quanto ás presidenciais, infelizmente e quanto a mim estão a tornar-se em eleições partidárias, o que não deveriam ser. Talvez por essa razão não me reveja em nenhuma das candidaturas, votar no Prof. Cavaco, só para derrotar a esquerda, embora já seja muito, sabe-me a pouco. Há neste momento assuntos de especial importância para Portugal a serem discutidos, uns que vão ser discutidos sem a presença de ninguém que defenda os nossos pontos de vista e outros que vão ser branqueados.
Não temos que ter medo de defender as nossas ideias e ideais, deveremos ter uma estratégia clara e inequívoca, não podemos deixar de ter voz, nem entregar a nossa voz ao Prof. Cavaco, porque ele não a vai querer, nem sei se a sabe ter.
Sou da opinião que deveremos ter uma candidatura própria, a qual até poderá desistir à ultima da hora, mas que caso seja bem aproveitada servirá para marcar uma posição sobre vários temas da actualidade.
Portugal precisa da nossa voz.
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