15/10/11

Será que estou confuso?

Tem-se dito e voltado a dizer que os partidos que estão no poder prometeram uma coisa e estão a fazer outra, o que o CDS-PP se comprometeu foi a 5 questões essenciais:


1º) Justiça Social;
2º) Rigor na despesa do Estado;
3º) Desenvolvimento económico;
4º) Trabalho;
5º) Valorização do esforço e do mérito.

Para além disso, o CDS/PP garantiu que tudo teria que ser feito para cumprir as obrigações que Portugal tinha assumido com o triunvirato (não havia outra hipótese), as quais eram conhecidas e só não as leu que não quis, eu li e nessa altura confesso que fiquei angustiado. Desde aí, até ao dia de hoje, tenho vindo a alertar todos para o que aí vinha e acreditem, ainda não acabou. Mais, estas medidas as quais são para 2012, embora já sejam conhecidas, ainda não estão a ser efectivamente sentidas, aí sim é que vai doer. 
 
Outra estranheza, há anos que se ouve dizer pela quase totalidade dos partidos e da população que o estado gasta de mais e tem pessoas a mais, que tem que reduzir os seus custo, algo que até aqui ninguém teve a coragem de o fazer e agora que finalmente se fez, sei que com muitos custos para quem as sofre, se levante todo este coro. É que a alternativa era o despedimento de milhares de trabalhadores, o que socialmente seria bem mais dramático.

Última estranheza, ouvi há pouco uma jornalista dizer que os partidos tinham recuado na questão da redução da taxa social única, recordo que o CDS nunca disse que estava de acordo, bem pelo contrário, sempre colocou inúmeras reservas, até porque esta medida teria que ser compensada com uma subida muito significativa do IVA.

As minha questões são outras:
1 - Será que, mesmo cumprindo com todas as obrigações que nos foram impostas, Portugal se safará?
2 - Será, sem que haja entre outras, uma reforma na justiça, capaz de responsabilizar e moralizar toda uma sociedade e o poder político, financeiro e económico, Portugal se safará?
3 - Será que, sem que sejam responsabilizados os responsáveis por todo este caos e ruína de um Estado, os Portugueses estão dispostos a sofrer pacificamente muitos mais apertos?

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