23/10/11

A Saúde em Odivelas está doente.



Foi José Sócrates que suspendeu a construção dos novos Centros de Saúde.
Mais 2% de utentes em Odivelas só em 6 meses.



O estado da saúde em Odivelas é preocupante: as condições de assistência degradam-se particularmente nos últimos dez anos. Vive-se de promessas. Os novos centros de saúde é assunto antigo, inclusivamente já foram lançadas, por duas vezes, as primeiras pedras para a construção do novo edifício de Odivelas e sempre em pré-campanha eleitoral.

Existem projectos aprovados para as novas unidades de saúde familiar de Odivelas, Ramada e Póvoa de Santo Adrião. A construção destes dois últimos ainda ameaçou iniciar no início do ano, mas o então governo de José Sócrates, apesar de dar constantes “supostas” garantias de que os fundos se encontrariam cativos, parou a obra por falta de visto do Tribunal de Contas.

As últimas notícias vindas a público, relacionadas com a saída de enfermeiros e com o possível encerramento do centro de saúde da Urameira, para além de não nos darem sinais de melhoras, deixam-no mais preocupados e nesse sentido, até porque o CDS se encontra no governo (tem uma maior responsabilidade), Miguel Xara Brasil, presidente da Comissão Politica Concelhia do CDS-PP, voltou a reunir com Maria Margarida do Vale, Directora Executiva do agrupamento dos Centros de Saúde de Odivelas, depois de o ter feito em vésperas das eleições legislativas de 5 de Junho último, na companhia do actual ministro Pedro Mota Soares. Agora levou consigo João Gonçalves Pereira, Deputado na Assembleia da República, e Paulo Aido, vereador independente na Câmara de Odivelas e ex-candidato à Assembleia da República nas últimas Legislativas.

Da reunião de trabalho conclui-se:

1 - Que a construção das USF, unidades de saúde familiar de Odivelas e da Ramada são emergentes: Só em Odivelas, nos últimos seis meses registaram-se mais 1.138 utentes, ultrapassou a fasquia dos 63.200 utentes, quase 40% do universo dos utilizadores deste agrupamento de centros de saúde. São demasiadas pessoas para instalações antigas, em edifícios de habitação, completamente desajustadas à realidade de um serviço de saúde pública. Também 30 % dos utentes do concelho não têm médico de família.
Mas na freguesia da Ramada o problema é também preocupante porque a unidade de saúde se encontra numas instalações exíguas e de condições de acessibilidade desadequadas, no limiar da impossibilidade, aos utentes com acessibilidade limitada.
A Dra. Margarida do Vale realçou a importância da construção das novas instalações em duas vertentes: por um lado, proporcionar atendimento qualitativo e quantitativo dentro dos padrões que se exigem; por outro, estimular a fixação dos quadros de pessoal, nomeadamente médicos e enfermeiros, que naturalmente, podendo, escolhem os locais com as melhores condições de trabalho.

2 – Que a conclusão dos concursos de mobilidade dos enfermeiros, a qual permitirá que se integrem 18 enfermeiros em Odivelas, é determinante e de fulcral importância, uma vez que neste momento encontram-se em fase final de contratação 22 enfermeiros que estão em regime de outsourcing.

3 – Que, tal como garantiu a Dr.ª Margarida do Vale, mesmo tendo que substituir mais vezes que o desejável elementos na equipa, os serviços de cuidados continuados continuam garantidos.

4 – Que a efectiva falta de segurança junto ao edifício dos serviços básicos de urgência de Santo António dos Cavaleiros, particularmente no período nocturno, é do conhecimento desta direcção.

5 – Que é do conhecimento geral que esta unidade de urgência não está servida pelos necessários meios de acessibilidade, nomeadamente, o serviço de transportes públicos a partir de Odivelas.

6 – Que foi dada a garantia de que a unidade funcional da Urmeira continuará aberta, enquanto existirem clínicos, como tal, não há nenhuma indicação que possa levar a pensar que o mesmo vá ser encerrado.

1 comentário:

Maria Máxima Vaz disse...

Um bom slogan para esta terra:"Odivelas vive mais a saúde!"