Tempo de férias e aproxima-se a reentrada politica quando a chamada "crise" mal deixou os nossos políticos irem a banhos. A herança dos sucessivos governos socialistas chefiados por Sócrates deu no que deu, deixando o país entregue a uma “troika” de financeiros que tutela o "nosso“ governo por conta das facturas a pagar.
Queria acreditar num governo de legislatura, penso que Paulo Portas, o Congresso e as estruturas do partido também acreditavam, não sei se mudaram de opinião, mas pela minha parte mudei.
Será dificil entender o compromisso de uma coligação onde os parceiros não falam por uma voz e se tentam atropelar. Os casos sucedem-se em catadupa, Paulo Portas não integra o Conselho de Estado, o presidente das Misericórdias que deve ser nomeado pela tutela ( ministro Pedro Mota Soares) é dado à comunicação social pelo primeiro ministro à revelia do titular, o ministro Miguel Relvas entra em domínios que não lhe pertencem e convida Mário Crespo para correspondente da rtp em Washington . É a fúria das nomeações, o “tiro ao tacho”, o tempo dos “job for the boys” (versão laranja), sem nexo ou razoabilidade ignorando o parceiro de coligação. Assim não vale!
Dos programas eleitorais resulta o corte na despesa como prioritário em oposição ao aumento da carga fiscal, pois verifica-se a inversão mal explicada. Os cortes na despesa são ridículos e o agravamento dos impostos uma realidade.
Para ajudar à festa, o ministro da economia vai a Espanha resolver a questão do TGV de má memória e vem de lá com um “NIM”, isto é o quê? O sr ministro não teve tempo para ler o programa do partido que o convidou? Nem pergunto sobre o do parceiro da coligação.
O desnorte de algumas posições levará rapidamente a oposição (dentro de poucas semanas) à rua não concedendo o benefício da dúvida.
Curioso mesmo é ver que as pastas que vão mexendo são as que estão entregues ao CDS, porque justiça, administração interna, finanças, economia têm sido um desastre. A saúde tem benefício da dúvida e a educação tem dias.
A nível europeu deve ser dada atenção à dupla Merkel e Sarkozy que decidiram unilateralmente adoptar leis e impô-las que obriguem a um equilíbrio orçamental até meados de 2012, para estabilizar as finanças públicas dos membros da UE, criando um ministério das finanças europeu com o ministro nomeado por eles para controlar os orçamentos.
Resta ao CDS trabalhar e bem para que seja uma real alternativa a favor do bem comum.
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