24/04/13

Sessão Solene Comemorativa do 25 de Abril


Salão Nobre da Junta de Freguesia da Pontinha-23/4/2013
(Discurso de abertura da cerimónia do CDS-PP)

Exmª Srª Presidente da Câmara Municipal de Odivelas
Exmºs Senhores Presidentes de Junta,
Exmºs Senhores Vereadores,
Exmºs Senhores Autarcas
Exmº Senhor Comandante do RG1
Exmº Senhor Comandante da PSP da Pontinha
Exmº Senhor Comandante dos B. V. da Pontinha
Exmª Direcção dos B.V.P.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Celebramos o 25 de Abril de 1974, data em que ocorreu a última revolução militar em Portugal, a qual proporcionou uma alteração de regime que conduziu à democracia.

A revolução abriu as portas de Portugal ao mundo, deu-nos mais força na comunidade internacional e maior liberdade aos cidadãos.

As derivas e insucessos com a descolonização e criação da CPLP, os êxitos com a adesão à CEE-UE, concederam uma projecção internacional que há muito não tinha.

O período revolucionário à sombra do qual erguemos a actual Constituição, condicionou a sua matriz e actualmente enfrentamos a necessidade voltar à mesa e repensar a nossa lei fundamental.

Como nos queremos organizar e como podemos envolver os cidadãos na política de forma responsável e na boa gestão dos nossos recursos ao serviço do bem comum.

Reformar o Estado não pode obedecer cegamente a folhas de cálculo de uma qualquer tese ou à “régua e esquadro” para redefinir o território.

Em Portugal os portugueses têm que ser os destinatários naturais das políticas e em função deles se utilizar o espaço e bens soberanos.

Hoje, estamos intervencionados politica e financeiramente, submetidos aos ditames da TROIKA, é a democracia que perde o seu valor, e pior, a própria soberania que está condicionada, importará olhar para os valores de Abril em reflexão.

Pagamos e empenhámo-nos financeiramente por um Estado que não podemos ter e não nos serve.

Pagamos juros elevados de culpas solteiras inconsequentes.

Temos impostos excessivos que asfixiam os cidadãos e as PME´s, reduzindo à pobreza os trabalhadores e os empresários que querem criar ou criaram o seu posto de trabalho.

Os nossos quadros jurídico e tributários não apresentam segurança ao investimento nacional ou estrangeiro.

A justiça é cega mas selectiva, morosa e disfuncional.

Deixamos ao abandono agricultura, o mar, a indústria, sacrificamos o turismo e os serviços.

Tudo porque alguém que se lembrou de impunemente investir e endividar, o dinheiro que tinhamos e não tinhamos, em negócios ruinosos de PPP´s, em Institutos e fundações, em SCUT´s, pontes, aeroportos e obras públicas faraónicas.

A ausência do real controlo das empresas públicas e da banca levaram-nos a graves prejuízos que importa resolver, a curto prazo e a favor do país.

Mas também numa Função Pública gastadora e pouco funcional, que se socorre de cidadãos de 2ª a "recibos verdes" para fazer o seu trabalho, de forma precária e sem direitos, tem que ter uma solução.

Os subsídios para não se trabalhar e as intervenções financeiras do Estado em actividades sociais que causam desequilíbrios injustos devem ser revistos.

Enquanto isso, o património, o desenvolvimento social, a cultura foram ignorados.

Como foi esquecido o cidadão na sua relação com o Estado.

O cidadão é hoje um cliente de um Estado sem qualidade.

Estado que não respeita as liberdades e garantias individuais. Um Estado burocrata que se organiza em função dele em vez do cidadão.

Limitámos o acesso à saúde, à educação, ao trabalho, ao património, à cultura, à habitação, aos bens essenciais, à segurança e ao bem estar, até à própria liberdade a níveis inaceitáveis.

Rasgámos o contracto de Segurança Social que existia com os cidadãos contribuintes em vez de disciplinar os abusos e benesses.

A Democracia não passa por aqui!

O Homem como princípio, a defesa da vida, a liberdade e a dignidade com vista à felicidade pessoal, são o nosso contributo para a democracia pluralista que defendemos.

Os valores, o Homem e a família são os destinatários da política.

Se importa defender a liberdade, ela só será possível com responsabilidade, com justiça, com paz, com condições básicas de vida, com habitação digna, com trabalho, com independência, com DEMOCRACIA!

Abril faz sentido!

Abril, representa a democracia no dia que significar LIBERDADE!

Abril !

Viva Portugal!


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