Lembro-me em pequeno de me contarem e mais tarde, já grandinho, de contar aos meus filhos, a célebre história dos três porquinhos e das suas três casinhas.
Como todos se lembram, enquanto dois dos porquinhos fizeram umas casitas muito frágeis, uma em palhinha e outra madeira, porque preferiram gastar grande parte do tempo a brincar e a cantarolar, o outro porquinho levou a sua tarefa muito a sério e empreendeu na construção de um casa forte, sólida e com bons alicerces. Quando o lobo apareceu os resultados não se fizeram esperar, as duas primeiras casas foram obstáculos fáceis e o que lhe valeu a vida foi a casa mais forte do irmão mais previdente e trabalhador.
É pena que esta história não tenha sido contada e explicada a todos os portugueses, ou se foi, pena maior é que a grande maioria tenha optado por seguir o estilo dos dois primeiros porquinhos.
Neste momento resta-nos saber se há alguma casa suficientemente forte para nos defender do lobo mal e havendo, se todos se capacitam de uma vez por todas que nada serve construir casas muito engraçadinhas por fora, se os alicerces e as estruturas não forem suficientemente sólidos.
Texto de Xara Brasil in - Jornal da Distrital de Lisboa
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