28/04/07

Demissão de Vice-Presidente da Câmara de Odivelas

A Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Odivelas vem, por este meio, demonstrar a sua preocupação perante a instabilidade política que afecta neste momento o Executivo da Câmara de Odivelas, com o anúncio da demissão do Vice-Presidente Vitor Peixoto.

Sobre este tema há a referir o seguinte:
  • O CDS-PP de Odivelas confirma o que por diversas vezes denotou, nomeadamente na reunião que teve com a Sra. Pres. de Câmara sobre a Análise de 1 Ano de Mandato, com a existência de conflitos latentes que demonstravam claros desalinhamentos estratégicos e operacionais;
  • Teme o CDS-PP de Odivelas que este conflito, em conjunção com o publicitado “mau-estar” com a Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, possa trazer instabilidade ao dia-a-dia dos odivelenses e ao próprio funcionamento do Executivo Camarário;

Assim, espera o CDS-PP de Odivelas que se solucione rapidamente esta crise (Demissão de Vice-Presidente da CM Odivelas e Instabilidade na JF Odivelas) e que este Executivo Camarário possa retomar o seu normal funcionamento, e em particular possa cumprir com algumas das promessas tidas aquando da Campanha da Eleições Autárquicas de 2005, nomeadamente:

  • Finalização do Processo do PDM do Concelho de Odivelas – comprometimento ainda do anterior Executivo e restabelecido pelo actual;
  • A Recuperação Financeira do Munícipio – onde se aguarda o relatório interno 2ª fase de pormenor de apuramento de responsabilidades e que estava previsto para Janeiro de 2007;
  • Contrução do Jardim Municipal de Odivelas – obra prometida e que seria realizada em menos de 1 ano de Mandato por algumas forças políticas deste Executivo;
  • Conselho Municipal de Juventude – comprometimento pessoal da Srª Presidente e aprovado em Assembleia Municipal ainda em 2005, mas que ainda não saiu do “papel”;
  • Resolução da forma de gestão e partilha dos SMAS Loures e Odivelas;
  • Requalificação das AUGIs;
  • Modernização e Localização do Tecido Empresarial;
  • Entre muitos outros;

Acima de tudo, considera o CDS-PP de Odivelas que este Executivo continua a não ter uma noção bem pensada no que diz respeito à Identidade do Concelho. O trabalho até agora apresentado quanto às linhas estratégicas do PDM de Odivelas, ilustram isso mesmo, isto é, um conjunto avulso de medidas sem um cariz identitário e de ligação clara entre freguesias no Concelho.

A Comissão Política Concelhia
CDS-PP Odivelas

04/04/07

Serviços Municipalizados: A desculpa dos desculpados

O tema dos Serviços Municipalizados está de novo na ordem do dia nos Municípios de Odivelas e de Loures. A falta de solução para um problema de há largos anos continua (desde a criação do Município de Odivelas).
É uma saga que tem trazido claros problemas no serviço ao Concelho de Odivelas, pois as falhas de gestão nos SMAS repercutem-se ainda mais sobre Odivelas, considerado uma espécie de “filho” não desejado pela Administração, mas com quem tem de conviver.

Neste aspecto há duas fases importantes, que se estão a discutir de momento, para o futuro dos SMAS: a partilha de responsabilidades (custos e proveitos) entre Odivelas e Loures e o seu modelo de gestão.

Recentemente fui convidado a assistir a um debate bem organizado pela rádio local sobre os SMAS, o qual foi muito importante para perceber ainda mais da história das partilhas entre os dois munícipios e a forma como os diversos intervenientes políticos locais se posicionam perante problemas que eles próprios criaram. É caricato ver que em resumo PS, PSD e CDU se acusem mutuamente, indiquem casos passados sobre o que o seu “vizinho” fez, resolvam apontar o dedo para Loures e façam Odivelas de “coitadinha”. Deste conjunto de acusações, apenas posso concluir que se desculpam, pois querem ser desculpados por tudo o que “não fizeram” em prol dos odivelenses. Se nalguns casos há uma clara incompetência, noutros há a típica atitude portuguesa de “assobiar para o lado, e esperar que alguém resolva”. Em conclusão, pouco ou nada fizeram, pois muitos nem quiseram!

Agora chegou a fase onde se chegou ao limite, e os odivelenses questionam mais uma vez pela melhoria de nível de serviço, que em épocas festivas denota a clara ineficácia do sistema actualmente em vigor.

A partilha (custos e proveitos) dos SMAS, entre o que é de Odivelas, e o que é de Loures, é naturalmente algo complexo, mas que tem de ser discutido aprofundadamente. Parece-me apenas que os negociadores de Odivelas entraram “envergonhados e com medo”. Não percebi porquê, pois quando se entra numa negociação, se um dos lados mostra parte fraca, o outro coloca logo a sua “ancoragem” elevada (técnica de negociação). Pois bem, e sabendo que estou a simplificar, as contas têm obrigatoriamente de andar por um conjunto de variáveis: população de cada concelho, quilómetros de infra-estruturas existentes (será que existe esse levantamento?) e número de colaboradores afectos às limpezas dos resíduos solídos. Tendo estas variáveis em cima da mesa, penso que o facto do Governo estar como mediador desta “fórmula de partilha” me parece a mais ajustada (teve bem a Sra. Presidente de Câmara em requerer este mediador), pois só assim se chegará a um fim, caso contrário as “rivalidades locais” seriam ainda maiores. Agora há que rapidamente pôr termo a esta fase negocial, se não, nas próximas autárquicas continuaremos a ter este tema na senda política do concelho.

A fase seguinte dos SMAS será o seu modelo de gestão. Essa “guerra” será certamente mais fraticida, pois todos sabem que o prejuízo dos actuais SMAS é por má gestão, e talvez por outras “razões que a razão desconhece”. Se olharmos para Oeiras, os lucros constantes demonstram uma eficácia exemplar, e que convida as forças políticas tradicionais (PS, PSD e CDU) de Odivelas a procurarem estar na linha da frente para alcançarem os famosos lugares de gestão.

Os modelos partilhados entre os dois Munícipios, actualmente discutidos não resultarão certamente, pois as “feridas” intermunicipais, com o caso da negociação, serão difíceis de sarar, e a discussão entre quem tem 3 lugares em 5, na Administração, será uma luta contante pelo “poleiro”. É por esta razão, que o CDS-PP é favorável à existência dos SMAS Odivelas, sabendo que a partilha de recursos seria o desejável.

Acima de tudo, independentemente de Odivelas ter os seus próprios SMAS, o CDS-PP é defensor de uma gestão com parceria público-privada, isto é, a gestão dos SMAS deverá ser uma equipa/empresa profissional capaz de rentabilizar os activos e capaz de garantir níveis de serviço garantidos aos odivelenses. Esta equipa/empresa profissional de gestão seria remunerada pelos seus níveis eficazes ou não alcançados, isto é, tal como em várias empresas privadas e públicas, o que conta são os resultados alcançados a vários níveis, e neste caso contariam naturalmente os ganhos de produtividade, de nível de serviço (água, resíduos, etc.), resultados financeiros, etc. Com isto, a CM Odivelas poderia assim assegurar que a influência política, não interferia na gestão de um serviço que deverá ser constante, do ponto de vista estratégico, e não ziguezaguiante, conforme as eleições.

Em jeito de conclusão deste meu resumo (muito haveria por dizer ...) sobre o tema dos SMAS, relembro que os políticos locais (e não só) não se devem esquecer que foram eleitos pelos cidadão, e por isso acima de tudo devem servir e não servir-se. Não procurem o “lucro pessoal fácil”, procurem a sustentabilidade dos SMAS, pois ganham todos, inclusivé os próprios políticos.

Rui Ribeiro
Presidente CDS-PP Odivelas

Revista Figura - Entrevista David Martins - Pres. JP Odivelas

A figura esteve à conversa com o recém-eleito líder da JP Odivelas. David Martins fala dos projectos da Juventude Popular para o concelho, aponta as diferenças relativamente à direcção anterior e aborda, ainda, a crise interna do CDS-PP (...)

http://www.revistafigura.com/index.php?option=displaypage&Itemid=504&op=page&SubMenu=

Protocolo de Delegação de Competências: A divisão das Juntas com a Câmara

As Juntas de Freguesia têm um papel vital na vida dos munícipes onde em coordenação efectiva com a Câmara Municipal poderão definir e alinhar implementações quer em termos estratégicos, quer em termos operacionais, nomeadamente na execução das políticas de proximidade ao munícipe.

Odivelas tem sido um bom exemplo disso com a criação do Protocolo de Delegação de Competências da Câmara nas Juntas de Freguesia. Este protocolo permite assim delegar às Juntas a gestão de um conjunto de recursos, desde ajardinamentos, até aplicação de pequenas obras, etc.

Se até aqui estamos todos de acordo no bem que a delegação de Competências traz aos odivelenses, a forma da sua execução prática já nos divide, isto porque, não existe um controlo efectivo de que as verbas para determinadas funções são efectivamente gastas nesse determinado fim.

Considero que, a bem da verdade, a dotação que a Câmara Municipal dá às Juntas ao abrigo deste Protocolo de Delegação de Competências necessita de ter efectividade prática sobre os recursos. Assim, há a necessidade de garantir que os fundos dados para jardins são aplicados em jardins, que os fundos dados para sinalização são de facto aplicados em sinalização, etc. Os fundos não podem ser redireccionados para outras actividades, quando as dotações têm fins concretos e específicos. Não podemos ter dúvidas que os dinheiros públicos são utilizados em fins adequados, por muito boas que sejam as intenções das Juntas de Freguesia.

Actualmente o procedimento realizado pelas Juntas é de que recebem uma verba, e gerem-na da forma que bem entendam. Naturalmente que o princípio da Delegação de Competências é automaticamente traído.

Neste âmbito existem assim dois pontos a clarificar: a forma como são construídos os pontos e ponderações do Protocolo e a forma de Auditar a sua Execução.

No primeiro plano, e tendo por base o que ocorre hoje, verifica-se que as diferentes verbas não têm o destino directo a que se destinavam, pelo que neste ponto há assim que rever se as ponderações e as rubricas (jardins, colaboradores, manutenções, etc.) são as mais correctas.

Num segundo plano, a Câmara tem de Auditar a execução do Plano de Delegação de Competência, por forma poder futuramente optimizar e melhorar o próprio plano, bem como ter a certeza que os dinheiros públicos, oriundo dos impostos dos odivelenses, é aplicado correctamente.

Só assim se consegue alinhar as definições Estratégicas emanadas da Câmara Municipal, com a sua Operacionalização pelas Juntas de Freguesia.

Ana Nobre